Hackers da Coreia do Norte invadem empresa de TI dos EUA em tentativa de roubar criptomoedas
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Por Christopher Bing e Raphael Satter
WASHINGTON (Reuters) - Um grupo de hackers apoiado pelo governo norte-coreano invadiu uma empresa norte-americana de gerenciamento de TI e a usou como trampolim para atingir empresas de criptomoedas, disseram a empresa e especialistas em segurança cibernética nesta quinta-feira.
Os hackers invadiram a JumpCloud, com sede em Louisville, no Colorado, no final de junho, e usaram seu acesso aos sistemas da empresa para atingir 'menos de 5' de seus clientes, afirmou a companhia em uma postagem em blog.
A JumpCloud não identificou os clientes afetados, mas as empresas de segurança cibernética CrowdStrike Holdings -- que está ajudando a JumpCloud -- e a Mandiant, de propriedade da Alphabet, -- que está ajudando um dos clientes da JumpCloud -- disseram que os hackers envolvidos eram conhecidos por sua atuação em roubos de criptomoedas.
Duas pessoas familiarizadas com o assunto confirmaram que os clientes JumpCloud visados pelos hackers eram empresas de criptomoedas.
A invasão mostra como os espiões cibernéticos norte-coreanos, antes satisfeitos em ir atrás de empresas de moeda digital aos poucos, agora estão atacando empresas que podem dar a eles acesso mais amplo a várias vítimas subsequentemente, em uma tática conhecida como 'ataque à cadeia de suprimentos'.
“Na minha opinião, a Coreia do Norte está realmente intensificando seu jogo”, disse Tom Hegel, que trabalha para a empresa norte-americana SentinelOne e confirmou de forma independente a atuação da Mandiant e da CrowdStrike.
A missão da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não respondeu a um pedido de comentário. A Coreia do Norte já havia negado a organização de roubos de moeda digital, apesar de volumosas evidências -- incluindo relatórios da ONU -- que apontam o contrário.
(Por Christopher Bing e Raphael Satter, em Washington; reportagem adicional de James Pearson, em Londres, e Michelle Nichols, em Nova York)
Escrito por Reuters
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