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Haddad diz estar confortável com arcabouço fiscal apesar de desafios e cita aval de Lula para perseguir metas

Placeholder - loading - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado
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(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira estar confortável com o funcionamento do arcabouço fiscal, embora seja necessário fazer “ajuste na máquina” para que o sistema se mantenha efetivo, ressaltando ter aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para perseguir as metas estipuladas para o resultado primário.

Em evento organizado pelo Valor Econômico, Haddad afirmou que quando o país estiver em uma situação de estabilidade da dívida pública, além de Selic e inflação comportadas, será possível mudar parâmetros que balizam o arcabouço, mas não a arquitetura baseada em limite de gasto e meta de resultado primário.

Ao afirmar que a médio e longo prazo as 'partes' do Orçamento 'podem não caber no todo', ele disse concordar com a ideia de uma continuidade de medidas como as editadas no ano passado para reforçar o arcabouço.

'Depois, quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida (em relação ao) PIB, você tiver uma Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros do arcabouço. Mas, na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura', disse.

Logo após o evento, Haddad afirmou em rede social que pessoas estavam tentando distorcer sua fala. Ele reiterou que gosta da arquitetura do arcabouço, está confortável com seus atuais parâmetros e defende reforçá-los com medidas.

'Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo', disse em publicação no X.

O arcabouço fiscal permite um crescimento real dos gastos de até 2,5% ao ano, a depender do ritmo das receitas públicas. Além disso, o governo trabalha com metas de déficit primário zero em 2025 e um superávit de 0,25% do PIB em 2026.

(Por Bernardo Caram)

Escrito por Reuters

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