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Hamas mantém exigência pelo fim da guerra em Gaza em acordo de reféns, com prazo de Trump se aproximando

Placeholder - loading - Mulher em Tel Aviv passa ao lado de cartaz com fotos de reféns sequestrados durante o ataque mortal de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas 16/12/2024 REUTERS/Stoyan Nenov
Mulher em Tel Aviv passa ao lado de cartaz com fotos de reféns sequestrados durante o ataque mortal de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas 16/12/2024 REUTERS/Stoyan Nenov

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Por James Mackenzie e Nidal al-Mughrabi

JERUSALÉM/CAIRO (Reuters) - O Hamas manteve nesta terça-feira a sua exigência de que Israel encerre totalmente seu ataque contra Gaza em qualquer acordo para libertar os reféns e disse que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, foi precipitado ao dizer que haveria 'um inferno' a menos que eles fossem libertados até sua posse em 20 de janeiro.

Autoridades do grupo islâmico e de Israel têm mantido negociações com mediadores egípcios e do Catar, na tentativa mais intensa dos últimos meses para chegar a um cessar-fogo em Gaza.

O atual governo dos EUA pediu um último impulso por um acordo antes do fim do mandato de Joe Biden, e muitos na região agora veem a posse de Trump como um prazo não oficial.

Mas, com o tempo passando, ambos os lados acusam o outro de estarem bloqueando um acordo ao aderir às condições que torpedearam todos os esforços de paz anteriores por mais de um ano.

O Hamas diz que só libertará os reféns restantes se Israel concordar em encerrar a guerra e retirar todas as suas tropas de Gaza. Israel afirma que não encerrará a guerra até que o Hamas seja desmantelado e todos os reféns sejam libertados.

'O Hamas é o único obstáculo para a libertação dos reféns', disse o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Eden Bar Tal, em uma reunião com repórteres, afirmando que Israel está totalmente comprometido em chegar a um acordo.

Osama Hamdan, autoridade do Hamas que realizou uma entrevista coletiva em Argel, disse que Israel é o culpado por minar todos os esforços para se chegar a um acordo.

Embora ele tenha dito que não daria detalhes sobre a última rodada de negociações, reiterou as condições do Hamas de 'um fim completo da agressão e uma retirada total das terras que a ocupação invadiu'.

Comentando sobre a ameaça de Trump de que haveria um 'inferno' a menos que todos os reféns fossem libertados antes da sua posse, Hamdan disse: 'Acho que o presidente dos EUA deve fazer declarações mais disciplinadas e diplomáticas'.

Israel enviou uma equipe de autoridades de médio escalão ao Catar para negociações intermediadas por mediadores pelo Catar e pelo Egito. Segundo algumas reportagens da imprensa árabe, David Barnea, chefe do Mossad e que tem liderado as negociações, deve se juntar a eles. O gabinete do primeiro-ministro israelense não fez comentários.

Em um passo notável em direção a um acordo, uma autoridade do Hamas disse à Reuters no último domingo que o grupo havia aprovado uma lista apresentada por Israel de 34 reféns que poderiam ser libertados na fase inicial de uma trégua, junto com prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

A lista incluía mulheres soldados israelenses, além de idosos, mulheres e civis menores de idade. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que até o momento Israel não havia recebido nenhuma confirmação sobre se as pessoas da lista ainda estão vivas.

(Reportagem de James Mackenzie em Jerusalém, Clauda Tanios em Dubai e Nidal al-Mughrabi no Cairo)

Escrito por Reuters

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