Hospitais de Berlim suspendem vacina da AstraZeneca para mulheres abaixo de 55 anos
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BERLIM (Reuters) - Os grupos de hospitais públicos de Berlim Charité e Vivantes pararam de dar doses da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca a mulheres de menos de 55 anos, disseram as porta-vozes dos hospitais nesta terça-feira.
A decisão vem na esteira de relatos de coágulos sanguíneos raros, sangramentos e, em alguns casos, mortes após a vacinação, sobretudo em mulheres jovens.
'Do ponto de vista da Charité, este passo é necessário porque, neste meio tempo, mais tromboses cerebrais de mulheres da Alemanha vieram a público', disse uma porta-voz em um comunicado por email.
A Charité disse ter se tratado de uma ação preventiva enquanto aguarda uma avaliação final. Nenhuma complicação ocorreu em seus hospitais após vacinações com a vacina da AstraZeneca.
Uma porta-voz das clínicas Vivantes também disse que a decisão de suspender a vacina para mulheres mais jovens foi um medida preventiva.
Cerca de 19 mil pessoas trabalham nos hospitais da Charité e 17 mil para a Vivantes, que opera clínicas e casas de repouso.
O jornal Tagesspiegel, o primeiro a noticiar a decisão, disse que cerca de dois terços dos funcionários da Charité já foram vacinados e que 70% destes receberam uma dose da vacina da AstraZeneca.
Muitos países europeus suspenderam brevemente o uso da vacina da empresa anglo-sueca enquanto investigavam os incidentes de coágulos sanguíneos no início deste mês.
Desde então, quase todos eles retomaram o uso da vacina da AstraZeneca, mas a França refutou a diretriz da agência reguladora de medicamentos da Europa e disse no dia 19 de março que ela só deveria ser administrada a pessoas de 55 anos ou mais. Paris disse que a decisão se baseou em indícios de que os coágulos afetam pessoas mais jovens.
Na segunda-feira, autoridades de saúde do Canadá disseram que não oferecerão mais a vacina da AstraZeneca para pessoas de menos de 55 anos e que exigirão uma nova análise dos benefícios e riscos do remédio com base em idade e gênero.
(Por Maria Sheahan e Caroline Copley)
Escrito por Reuters
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