Hunter, filho de Biden, é acusado de porte ilegal de arma em investigação de procurador especial dos EUA
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Por Sarah N. Lynch e Jarrett Renshaw e Andrew Goudsward
WASHINGTON (Reuters) - Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi acusado criminalmente nesta quinta-feira de enganar um vendedor de armas para que ele lhe vendesse uma arma de fogo, no primeiro processo contra o filho de um presidente norte-americano em exercício.
A acusação apresentada nesta quinta-feira no Tribunal Distrital dos EUA em Delaware atribui a Hunter Biden três acusações criminais relacionadas ao fato de que ele mentiu sobre o uso de drogas ilegais na época da compra da arma, o que o teria proibido por lei de possuir uma arma de fogo.
As acusações garantem que o drama judicial terá um papel de destaque na campanha presidencial dos EUA em 2024, à medida que Joe Biden, 80 anos, busca a reeleição em uma provável revanche contra seu antecessor republicano Donald Trump, 77 anos, que enfrentará quatro julgamentos criminais em breve.
As novas acusações contra Hunter Biden apresentadas pelo recentemente promovido procurador especial David Weiss, não mencionam violações da legislação tributária dos EUA. Um acordo anterior sob o qual Hunter Biden, de 53 anos, teria se declarado culpado de duas acusações tributárias de contravenção e se inscrito em um programa para evitar um processo por uma acusação relacionada a armas, fracassou em uma reviravolta surpreendente em uma audiência em julho.
Procuradores acusam Hunter Biden de mentir sobre o uso de entorpecentes quando ele comprou um revólver Colt Cobra em outubro de 2018.
Isso acontece dois dias depois que os republicanos da Câmara dos Deputados decidiram abrir um inquérito de impeachment de Joe Biden relacionado aos negócios internacionais de Hunter Biden.
Um advogado de Hunter Biden não foi encontrado imediatamente para comentar.
Weiss foi elevado ao status de procurador especial em agosto, depois de investigar os negócios de Hunter Biden durante anos como procurador dos EUA no Estado natal do presidente democrata, Delaware. Weiss foi originalmente nomeado por Trump.
O filho de Biden tem sido durante anos alvo de ataques implacáveis de Trump e de seus aliados republicanos, que o acusam de irregularidades relacionadas à Ucrânia e à China, entre outros assuntos. Hunter Biden trabalhou como lobista, advogado, banqueiro de investimentos e artista, e detalhou publicamente sua luta contra o abuso de substâncias.
Embora os parlamentares republicanos tenham recolhido testemunhos de que Joe Biden por vezes participou de telefonemas com os sócios de empresas de seu filho, ainda não há provas de que o presidente tenha se beneficiado pessoalmente.
Hunter Biden divulgou em dezembro de 2020 que o gabinete de Weiss estava investigando seus assuntos fiscais. Ele negou qualquer irregularidade.
Embora a maioria dos procuradores dos EUA nomeados por Trump tenha sido convidada a renunciar quando Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021, como é rotina, o Departamento de Justiça pediu que Weiss permanecesse.
(Reportagem de Sarah N. Lynch, Jarrett Renshaw e Andrew Goudsward em Washington e Tom Hals em Wilmington, Delaware)
Escrito por Reuters
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