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Importações da China voltam a crescer, mas desaceleração das exportações eleva preocupações

Placeholder - loading - Contêineres no porto de Qingdao na província chinesa de Shandong  09/05/2022
Contêineres no porto de Qingdao na província chinesa de Shandong 09/05/2022

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Por Liz Lee e Ellen Zhang

PEQUIM (Reuters) - As exportações da China cresceram no ritmo mais lento em três meses em julho, ficando abaixo das expectativas e elevando as preocupações com as perspectivas do vasto setor industrial, enquanto uma corrida para aumentar o fornecimento de chips antes de esperadas restrições dos Estados Unidos elevou as importações.

Os analistas afirmam que as fábricas da China provavelmente enfrentarão uma forte pressão nos próximos meses, prejudicadas por tarifas ocidentais e por problemas de demanda, enquanto a volatilidade dos mercados financeiros e temores de recessão nos EUA levantam novos desafios para as autoridades que tentam reforçar uma frágil recuperação econômica.

As exportações cresceram 7,0% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, abaixo da alta de 8,6% registrada em junho e das projeções de um aumento de 9,7%.

As importações aumentaram a uma taxa robusta de 7,2%, revertendo um declínio de 2,3% em junho e marcando o desempenho mais forte em três meses. O número também superou as expectativas dos analistas de um avanço de 3,5%.

Os números mais animadores das importações foram sustentados pela corrida das empresas chinesas para comprar chips, diante da expectativa de novas restrições dos EUA às exportações de chips para o gigante asiático, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior para a China do ANZ.

'Olhando para o futuro, o ciclo comercial ascendente pode ter terminado. Espera-se que tanto as importações quanto as exportações desacelerem no terceiro trimestre.'

A segunda maior economia do mundo tem tido problemas para ganhar impulso, apesar dos esforços do governo para estimular a demanda doméstica após a pandemia da Covid-19. Uma crise prolongada no setor imobiliário e temores sobre a segurança no emprego têm afetado a confiança dos consumidores.

A economia da China cresceu 4,7% no segundo trimestre, abaixo das expectativas, mantendo vivos os apelos para que as autoridades implementem mais apoio para atingir a meta de crescimento do governo para o ano inteiro, de cerca de 5%.

Os líderes chineses prometeram na semana passada que as medidas de estímulo serão direcionadas aos consumidores e que o país fará 'ajustes contracíclicos' durante o restante de 2024.

Escrito por Reuters

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