Incidente em aciaria da CSN atinge pelo menos 20 funcionários, diz empresa
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um incidente ocorrido nesta quarta-feira na área de aciaria da usina siderúrgica da CSN em Volta Redonda (RJ) atingiu pelo menos 20 funcionários, informou a empresa.
O incidente aconteceu quando a escória de uma das três panelas da área de aciaria caiu fora de área específica causando forte deslocamento de ar e uma grande nuvem de pó que atingiu os funcionários da empresa.
Segundo a companhia, a produção da área, onde o ferro gusa é convertido em aço, deve retornar à operação ainda nesta quarta-feira.
'A empresa está prestando toda a assistência aos colaboradores e investigando as causas da ocorrência', afirmou a companhia em comunicado.
'Durante a retirada de escória da panela de aciaria houve uma reação que provocou um deslocamento de ar, acompanhado por emissões fugitivas que duraram poucos minutos', afirmou a empresa. 'Os colaboradores que estavam no local foram atendidos pela equipe médica da CSN por terem inalado pó e encaminhados preventivamente para atendimento hospitalar.'
De acordo com o sindicato de metalúrgicos da cidade, cerca de 30 pessoas foram intoxicadas no incidente.
O estrondo causado pelo deslocamento de ar foi ouvido por moradores da cidade que também relataram tremor. Um coluna de fumaça se formou sobre a usina após o incidente chamando a atenção dos moradores.
'Felizmente não estão em estado grave', disse à Reuters uma porta voz do sindicato sobre o envio de alguns funcionários para hospitais fora da usina. 'Eles inalaram fumaça e partículas metálicas', acrescentou.
As ações da CSN exibiam queda de 1,9 por cento às 10h56, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 1,5 por cento.
Analistas do Itaú BBA afirmaram que o incidente é 'levemente negativo' para a CSN. 'Reconhecemos que manchetes negativas podem pesar sobre o preço da ação durante o dia e uma reação exagerada pode fornecer um ponto de entrada atraente.'
A empresa vai fazer uma grande reforma no alto forno 3 da usina em junho, que vai deixar o equipamento parado durante 60 dias.
(Com reportagem adicional de Paula Arend Laier, em São Paulo)
Escrito por Reuters
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