Investigação sobre chefe da OEA atrai pressão de membros por reformas éticas
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Por Matt Spetalnick
WASHINGTON (Reuters) - A Organização dos Estados Americanos aprovou uma resolução nesta sexta-feira por um plano para atualizar seu código de regras e ética, em resposta a uma investigação externa que concluiu que o chefe da entidade exibiu falta de sensatez, mas não cometeu uma má conduta séria ao manter uma relação íntima com uma funcionária.
O Conselho Permanente da OEA aprovou o documento por consenso, mas o México aproveitou a oportunidade para criticar o secretário-geral, Luis Almagro, dizendo que ele deveria ter renunciado e não é confiável.
As conclusões da investigação, lançada no final do ano passado após uma denúncia, foram apresentadas em um relatório de 121 páginas distribuído aos Estados-membros na segunda-feira.
As alegações contra Almagro, que há muito tempo tem apoio dos EUA, levantaram questões sobre a futura liderança do maior órgão multilateral do Hemisfério Ocidental. Ele foi fundado 75 anos atrás para promover a cooperação regional, mas, nos últimos anos, tem sofrido com divisões ideológicas entre os seus 34 membros.
O relatório não chegou a dizer que Almagro, um ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, que lidera a OEA desde 2015, estava inocentado de todas as acusações pelo relacionamento com uma mulher nascida no México que terminou ano passado, mas não fez recomendações específicas contra ele.
Almagro não respondeu em um primeiro momento ao pedido por comentário. Ele afirmou em um comunicado mais cedo nesta semana que acreditava que o relatório o “exonerava de toda responsabilidade”.
O inquérito determinou que Almagro não favoreceu a funcionária em decisões salariais ou em relação à equipe ou quebrou regras de conflito de interesse, mas que ele de fato violou padrões éticos de “senso comum e bom julgamento”.
(Reportagem de Matt Spetalnick)
Escrito por Reuters
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