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Israel diz que seus ataques aéreos destruíram maior parte dos estoques de armas estratégicas da Síria

Placeholder - loading - Soldados israelenses são vistos no lado sírio da linha de cessar-fogo entre a Síria e as Colinas de Golã ocupadas por Israel 10/12/2024 REUTERS/Miro Maman
Soldados israelenses são vistos no lado sírio da linha de cessar-fogo entre a Síria e as Colinas de Golã ocupadas por Israel 10/12/2024 REUTERS/Miro Maman

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Por James Mackenzie e Suleiman Al-Khalidi

JERUSALÉM/DAMASCO (Reuters) - Israel pretende impor uma 'zona de defesa estéril' no sul da Síria, que seria implementada sem a presença permanente de tropas, disse o ministro da Defesa, Israel Katz, nesta terça-feira, com o Exército afirmando que uma onda de ataques aéreos destruiu a maior parte dos estoques de armas estratégicas da Síria.

Nas últimas 48 horas, após o colapso do governo do presidente Bashar al-Assad, os militares disseram que jatos realizaram mais de 350 ataques contra alvos que incluem baterias antiaéreas, campos de aviação militares, locais de produção de armas, aviões de combate e mísseis.

Além disso, navios de mísseis atingiram instalações navais da Síria no porto de Al-Bayda e no porto de Latakia, onde 15 navios sírios estavam atracados.

Autoridades israelenses afirmaram que os ataques em toda a Síria tinham como objetivo destruir armas estratégicas e infraestrutura militar para evitar que fossem usadas pelos grupos rebeldes que tiraram Assad do poder, alguns dos quais surgiram de movimentos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.

'Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas pretendemos claramente fazer o que for necessário para garantir nossa segurança', disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

'Autorizei a Força Aérea a bombardear capacidades militares estratégicas deixadas pelo Exército sírio, para que não caiam nas mãos dos jihadistas.'

Após a fuga de Assad no domingo, tropas israelenses se deslocaram para a zona desmilitarizada dentro da Síria, criada após a guerra árabe-israelense de 1973, incluindo o lado sírio do estratégico Monte Hermon, com vista para Damasco, onde assumiram um posto militar sírio abandonado.

Um porta-voz militar afirmou que as tropas israelenses permaneceram na zona de amortecimento e em 'alguns pontos adicionais' nas proximidades.

Mas ele negou que as forças tenham penetrado significativamente em território sírio além da região, após uma fonte síria dizer que elas haviam chegado à cidade de Qatana, vários quilômetros a leste da zona e a uma curta distância de carro do aeroporto de Damasco.

'As forças IDF não estão avançando em direção a Damasco. Isso não é algo que estamos fazendo ou buscando de forma alguma', disse o tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar, em um briefing a repórteres.

'MEDIDA TEMPORÁRIA E LIMITADA'

Israel, que acaba de concordar com um cessar-fogo no Líbano após semanas de combates com o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, chama a incursão no território sírio de uma medida limitada e temporária para garantir a segurança da fronteira.

Mas a escala dos ataques israelenses ecoou uma onda semelhante no sul do Líbano em setembro, que destruiu uma quantidade significativa dos estoques de mísseis do Hezbollah.

Israel saudou a queda de Assad, aliado de seu principal inimigo, o Irã, mas reagiu com cautela em relação à principal facção rebelde, o Hayat Tahrir al-Sham. O HTS tem raízes em movimentos islâmicos, incluindo a Al Qaeda e o Estado Islâmico, embora procure moderar sua imagem há anos.

(Reportagem de Maya Gebeily, Suleiman Al-Khalidi e James Mackenzie)

Escrito por Reuters

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