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Israel e Hezbollah trocam disparos após ataques aéreos mais intensos em quase um ano

Placeholder - loading - Fumaça no vilarejo de Kfar Kila, sul do Líbano  20/9/2024   REUTERS/Karamallah Daher
Fumaça no vilarejo de Kfar Kila, sul do Líbano 20/9/2024 REUTERS/Karamallah Daher

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BEIRUTE/JERUSALÉM (Reuters) - As forças de paz da ONU no Líbano pediram uma redução imediata da escalada das hostilidades na fronteira libanesa-israelense, nesta sexta-feira, após os ataques aéreos mais intensos de Israel em quase um ano de conflito com o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.

As Forças Armadas de Israel disseram na quinta-feira que atingiram centenas de lançadores de foguetes do Hezbollah que haviam sido disparados contra Israel, no que fontes de segurança no Líbano disseram ser o ataque mais pesado desde o início das hostilidades em outubro passado.

Deflagrado pela guerra de Gaza, o conflito se intensificou significativamente nesta semana, com o Hezbollah sofrendo um ataque sem precedentes no qual pagers e walkie talkies usados por seus membros explodiram, matando 37 pessoas e ferindo milhares.

As baterias dos walkie talkies foram atadas com um composto altamente explosivo conhecido como PETN, disse à Reuters uma fonte libanesa familiarizada com os componentes do dispositivo.

A forma como o material explosivo foi integrado à bateria tornou extremamente difícil sua detecção, segundo a fonte.

A força de paz da UNIFIL no sul do Líbano afirmou na manhã de sexta-feira que nas 12 horas anteriores houve 'uma forte intensificação das hostilidades' na fronteira libanesa-israelense e em sua área de operações.

'Estamos preocupados com o aumento da escalada na Linha Azul e pedimos a todos os atores que reduzam imediatamente a escalada', disse à Reuters o porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, referindo-se à linha que delimita a fronteira entre o Líbano e Israel.

Os ataques aéreos israelenses na sexta-feira atingiram pelo menos três vilarejos no sul do Líbano, de acordo com fontes de segurança no Líbano e com a televisão al-Manar, do Hezbollah, que transmitiu imagens de uma nuvem de fumaça saindo de um dos ataques.

Não houve comentário imediato dos militares israelenses.

O Hezbollah disse que seus combatentes haviam disparado um míssil guiado contra as tropas israelenses em Metula, uma cidade israelense na fronteira, alvo frequente do grupo libanês no último ano.

A rádio israelense informou que os residentes de várias cidades no norte de Israel foram instruídos pelo Comando da Frente Interna das Forças Armadas a permanecerem perto de seus abrigos.

Fontes de segurança no Líbano disseram que quatro pessoas ficaram feridas no bombardeio intensivo de Israel na quinta-feira. Não ficou imediatamente claro se elas eram membros do Hezbollah.

O conflito entre Israel e o Hezbollah, que já dura um ano, é o pior desde a guerra de 2006. Dezenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas em ambos os lados da fronteira.

Embora o conflito tenha se desenrolado, em grande parte, em áreas na fronteira ou próximas a ela, a escalada desta semana aumentou as preocupações de que ele poderia se ampliar e se intensificar ainda mais.

Na quinta-feira, os Estados Unidos alertaram todas as partes no Oriente Médio contra a escalada, dizendo que a prioridade de Washington é encontrar uma solução diplomática.

'Continuaremos a apoiar o direito de Israel de se defender, mas não queremos que nenhuma das partes aumente o conflito, ponto final', disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Mais de 460 combatentes do Hezbollah foram mortos desde o início das hostilidades mais recentes com Israel, há quase um ano, além de cerca de 170 civis, de acordo com fontes no Líbano.

Em Israel, pelo menos 52 pessoas foram mortas - metade delas civis e metade soldados - de acordo com o Instituto Israelense de Estudos de Segurança Nacional.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, composto por 15 membros, deve se reunir nesta sexta-feira para discutir as explosões.

(Reportagem de Tom Perry e Maya Gebeily em Beirute e James Mackenzie e Maayan Lubell em Jerusalém)

Escrito por Reuters

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