Japão pode levar China à OMC por vetar importação de frutos do mar após lançamento de água de Fukushima
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TÓQUIO (Reuters) - O Japão ameaçou levar a China à Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta terça-feira para buscar a reversão da proibição imposta por Pequim a todas as suas importações de frutos do mar após a liberação de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi.
O ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, disse aos repórteres que o Japão tomará 'as medidas necessárias (sobre a proibição de produtos aquáticos da China) sob várias rotas, incluindo a estrutura da OMC'.
Apresentar uma queixa à OMC pode tornar-se uma opção se protestar contra a China através de rotas diplomáticas for ineficaz, disse separadamente a ministra da Segurança Econômica, Sanae Takaichi.
Os comentários surgiram no momento em que empresas e instalações públicas japonesas continuavam a receber ligações de números de telefone com o código chinês +86, com muitos reclamando sobre o lançamento de água de Fukushima.
A operadora da usina Tokyo Electric Power recebeu cerca de 6 mil ligações do tipo até o momento, informou a mídia local, e o governo disse que estava buscando ajuda de empresas de telecomunicações para bloquear as ligações.
“É extremamente lamentável e preocupante o grande número de chamadas de assédio que provavelmente vieram da China”, disse o ministro do Comércio, Yasutoshi Nishimura, durante uma coletiva de imprensa. Ele afirmou que segundo a população de Fukushima algumas ligações chegavam até a hospitais.
O ministro disse que o governo estava recolhendo informações sobre os relatos de movimentos de boicote aos produtos japoneses na China e que trabalhará com os líderes empresariais para resolver a situação.
O Japão também está conduzindo entrevistas com agências de turismo locais para coletar informações sobre a situação das viagens da China ao Japão, após relatos da mídia de que algumas viagens com destino ao país foram canceladas.
(Por Kantaro Komiya, Mariko Katsumura, Sakura Murakami e Chang-Ran Kim)
Escrito por Reuters
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