Jordânia culpa Israel por tensões regionais e apoia África do Sul em ação de 'genocídio'
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Por Suleiman Al-Khalidi
AMÃ (Reuters) - A Jordânia disse nesta sexta-feira que os 'crimes de guerra' israelenses contra os palestinos são culpados pelo aumento da tensão regional e violência no Mar Vermelho, que, segundo ela, ameaça desencadear uma guerra mais ampla no Oriente Médio.
O ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, também manifestou apoio ao processo de 'genocídio' da África do Sul contra Israel em corte da ONU sobre a guerra contra o Hamas em Gaza, e disse que Amã estava pronta para apresentar documentos legais e comparecer ao tribunal se o processo prosseguir.
Israel negou as alegações de que teria cometido crimes de guerra e rejeitou como 'grosseiramente distorcidas' as acusações feitas pela África do Sul de que a operação militar em Gaza é uma campanha de genocídio liderada pelo Estado contra a população palestina.
Em comentários feitos depois que EUA e Reino Unido lançaram ataques contra alvos militares houthis no Iêmen em resposta aos ataques do grupo a navios no Mar Vermelho, Safadi disse que a comunidade internacional não agiu para impedir a 'agressão' israelense contra os palestinos, que estava colocando em risco a segurança regional.
'A agressão israelense em Gaza e sua contínua prática de crimes de guerra contra o povo palestino e a violação da lei internacional com impunidade são responsáveis pelas crescentes tensões testemunhadas na região', afirmou Safadi em comentários veiculados pela mídia estatal.
A estabilidade da região e sua segurança estão intimamente ligadas, disse Safadi.
'A comunidade internacional está em uma encruzilhada humanitária, moral, legal e de segurança', declarou ele.
'Ou ela assume suas responsabilidades e acaba com a agressão arrogante de Israel e protege os civis, ou permite que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seus ministros extremistas nos arrastem para uma guerra regional que ameaça a paz mundial.'
'A Jordânia apoia a África do Sul em seu processo contra Israel', acrescentou ele. 'Enviaremos documentação legal e compareceremos ao tribunal quando ou se o processo for aceito.'
Escrito por Reuters
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