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Júri considera empresa de defesa dos EUA responsável por tortura na prisão de Abu Ghraib

Placeholder - loading - Soldado dos EUA monta guarda na prisão de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá 19/06/2006 REUTERS/Wathiq Khuzaie
Soldado dos EUA monta guarda na prisão de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá 19/06/2006 REUTERS/Wathiq Khuzaie

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Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - Um júri federal considerou nesta terça-feira a CACI International, empresa de defesa dos Estados Unidos, responsável por seu papel na tortura de detentos na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá, durante a guerra do Iraque, e ordenou que ela pague 42 milhões de reais em indenizações.

O veredicto do júri considerou a empresa sediada na Virgínia responsável pela tortura de homens iraquianos na prisão em 2003 e 2004 e ordenou que ela pague a cada um dos três autores da ação 14 milhões de dólares em indenizações, informou Centro de Direitos Constitucionais, que representou os demandantes, em comunicado.

O veredicto desta terça-feira marcou a primeira vez que uma empresa civil contratada foi considerada legalmente responsável pela tortura na prisão.

A tortura de prisioneiros mantidos pelas forças norte-americanas durante a guerra do Iraque na instalação tornou-se um escândalo durante o governo do ex-presidente George W. Bush, após o surgimento de fotos de abusos em 2004.

As fotos mostravam tropas norte-americanas sorrindo, gargalhando e fazendo sinal de positivo enquanto os prisioneiros eram forçados a posições humilhantes, incluindo uma pirâmide humana nua e sexo simulado. Os detentos disseram que sofreram abusos físicos e sexuais, choques elétricos e execuções simuladas.

A CACI nega que seus funcionários tenham se envolvido em tortura e disse que vai recorrer do veredicto desta terça-feira, considerando-o decepcionante. Os funcionários da CACI trabalhavam como interrogadores na prisão sob contrato com o governo dos EUA.

Os três iraquianos que entraram com a ação -- Suhail Al Shimari, Salah Al-Ejaili e As'ad Al-Zuba'e -- disseram que os interrogadores da CACI instruíam o pessoal militar a 'amaciar' os detentos antes de serem interrogados, o que levou a abusos em toda a instalação.

Os três acabaram sendo liberados sem acusação.

Um porta-voz da CACI disse que a empresa foi 'injustamente submetida a uma afiliação negativa e de longo prazo com as ações infelizes e imprudentes de um grupo de policiais militares na prisão de Abu Ghraib de 2003 a 2004'.

A invasão do Iraque pelos EUA, que se seguiu a mentiras de que o Iraque teria armas de destruição em massa e matou centenas de milhares de pessoas, levou a uma condenação global generalizada.

(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)

Escrito por Reuters

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