Kamala alerta para perigos de outro mandato de Trump no local de discurso do 6 de janeiro
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Por Stephanie Kelly e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - A democrata Kamala Harris alertou dezenas de milhares de pessoas em Washington, reunidas em seu maior comício de todos os tempos, que seu oponente republicano Donald Trump busca o poder sem controle, enquanto a disputa pela Casa Branca entra em sua última semana.
Harris discursou na noite desta terça-feira em um comício ao ar livre, com um público estimado por sua campanha de mais de 75.000 pessoas, no local próximo à Casa Branca onde, em 6 de janeiro de 2021, Trump se dirigiu a seus partidários antes de atacarem o Capitólio dos EUA.
'Sabemos quem é Donald Trump', disse Harris, acrescentando que o ex-presidente 'enviou uma multidão armada' ao Capitólio dos EUA em uma tentativa de anular sua derrota na eleição presidencial de 2020.
'Trata-se de alguém instável, obcecado por vingança, consumido por queixas e em busca de poder sem controle', disse Harris durante o argumento final de sua campanha antes de uma eleição muito disputada em 5 de novembro.
Harris estava ladeada por bandeiras americanas no palco e cercada por faixas azuis e brancas que diziam 'LIBERDADE', com a Casa Branca iluminada ao fundo.
Pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira mostrou que a liderança de Kamala havia diminuído para apenas 44% a 43% entre os eleitores registrados. Kamala tem estado à frente de Trump em todas as pesquisas Reuters/Ipsos desde que entrou na disputa em julho, mas sua vantagem tem diminuído constantemente desde o final de setembro.
Trump e seus aliados têm buscado minimizar a violência de 6 de janeiro, quando milhares de seus partidários invadiram o Capitólio com gritos de 'Enforquem Mike Pence', o vice-presidente, fazendo com que os parlamentares fugissem para salvar suas vidas, após o discurso de Trump na Ellipse, onde, como presidente, ele disse à multidão para 'lutar como o inferno' para impedir que Pence e o Congresso ratificassem sua derrota.
Quatro pessoas morreram no tumulto que se seguiu no Capitólio, e um policial que defendia o Capitólio morreu no dia seguinte. Trump disse que, se reeleito, perdoaria os mais de 1.500 participantes que foram acusados de crimes.
Na Flórida, a campanha republicana tentou superar os comentários racistas e outras declarações vulgares feitas por oradores no comício de Trump na cidade de Nova York no domingo.
Nesta terça-feira, Trump defendeu o comício chamando o evento de 'uma festa de amor absoluta'.
Trump não comentou a retórica usada pelos oradores no evento, onde um comediante chamou Porto Rico de 'ilha flutuante de lixo' e menosprezou negros norte-americanos, judeus, palestinos e latinos.
Embora sua equipe de campanha tenha dito que os comentários sobre Porto Rico não refletiam as opiniões do ex-presidente, Trump chamou o evento de uma festa de amor. 'E foi uma honra estar envolvido', disse ele.
(Reportagem adicional de Helen Coster, Doina Chiacu, Gram Slattery e Susan Heavey)
Escrito por Reuters
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