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Líderes europeus defendem Biden após gafes em cúpula da Otan; imprensa diz que ele 'parece acabado'

Placeholder - loading - Presidente dos EUA Joe Biden em Washington  11/7/2024   REUTERS/Leah Millis
Presidente dos EUA Joe Biden em Washington 11/7/2024 REUTERS/Leah Millis

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MADRI/BERLIM/ROMA (Reuters) - Líderes europeus defenderam o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após uma série de gafes durante uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta semana, mas a imprensa do continente, por outro lado, considerou os erros como mais uma evidência de que Biden não está apto a derrotar Donald Trump na eleição presidencial deste ano.

Biden, de 81 anos, provocou espanto no encontro da Otan em Washington quando apresentou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, como 'presidente Putin', e depois confundiu os nomes de sua vice-presidente, Kamala Harris, e Trump durante uma coletiva de imprensa que seus assessores haviam organizado para reforçar a confiança em sua aptidão mental.

Biden tem enfrentado apelos de colegas democratas e apoiadores para abandonar sua campanha à reeleição depois de um desempenho ruim contra Trump em um debate em 27 de junho, que cristalizou preocupações sobre sua capacidade de vencer o pleito de 5 de novembro e lidar com as demandas da Casa Branca.

Enquanto os líderes europeus que participaram da cúpula foram diplomáticos em relação a Biden e elogiaram a organização da cúpula, a imprensa europeia, como o jornal britânico Daily Telegraph, concluiu que 'Biden parece acabado'.

'Deslizes de linguagem acontecem e, se você sempre monitorar todos, encontrará muitos deles', disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, quando perguntado por repórteres sobre Biden ter confundido Zelenskiy com Putin.

O sentimento foi compartilhado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro holandês, Dick Schoof.

O recém-eleito primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, falando antes das gafes de Biden, disse que ele e o presidente conseguiram abordar uma série de questões 'em ritmo acelerado' durante seu primeiro encontro desde que tomou posse.

'Ele estava realmente em boa forma e mentalmente ágil - absolutamente em todos os detalhes', disse Starmer à BBC.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que Biden parecia 'bem' e que participou de todas as sessões da cúpula, ao contrário de outros líderes. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi menos efusiva, mas elogiou a organização de 'uma cúpula muito boa'.

Uma coletiva de imprensa após a cúpula não conseguiu convencer a mídia europeia de que Biden pode recuperar a confiança em sua acuidade mental.

'Essa era a chance de Joe Biden conquistar os céticos. Ele estragou tudo', disse uma manchete do veículo londrino The Times, enquanto o italiano Il Giornale afirmou que era o 'fim do caminho para Biden'.

O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung descreveu a coletiva de Biden como uma 'humilhação... Para ser mais duro: A dignidade do titular do cargo foi irreversivelmente manchada.'

O jornal britânico The Guardian concordou, descrevendo a coletiva de imprensa como 'dolorosa de assistir'.

(Por Charlie Devereux, em Madri; Kirsti Kolle, em Berlim; Crispian Balmer, em Roma; Belen Carreño, em Madri; Elizabeth Pineau, em Paris; e Charlotte Van Campenhout, em Amsterdã)

Escrito por Reuters

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