Marina pede para eleitor não votar por medo ou ódio
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Por Maria Carolina Marcello
(Reuters) - Em uma de suas últimas falas na campanha para o primeiro turno, a candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, voltou a defender que o eleitor considere uma terceira alternativa para unir o país, em vez de ter o “ódio” ou o “medo” como motivações para a definição do voto.
Marina aproveitou caminhada na Baixada Fluminense para reforçar o discurso que vem adotando, segundo o qual o eleitor não precisa ficar entre a “espada da violência” e a “cruz da corrupção”, em referência aos dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, o candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro, e o presidenciável pelo PT, Fernando Haddad.
“Seu voto, se for dado à pessoa certa, pode unir um país, nós estamos em um país que está dividido. Uma parte vota em um grupo porque tem medo do outro. Ou vota naquele grupo porque tem raiva do outro. Você não precisa usar o seu voto pelo medo ou pela raiva”, disse a candidata.
“Não se pode querer governar um país com base na força, com base no ódio”, disse, em referência a Bolsonaro. “E muito menos com base na mentira e na corrupção”, afirmou, mirando em Haddad.
A candidata argumentou que os líderes na intenção de voto desrespeitam a democracia. Para ela, Haddad fere princípios democráticos ao propor uma nova Constituinte, que serviria, na opinião de Marina, para “controlar o judiciário” e “cercear a liberdade de imprensa”.
A presidenciável também dirigiu críticas a Bolsonaro, por “pregar” o desrespeito à democracia e ser um “saudosista da ditadura militar”.
“Não queremos nem a corrupção e nem aqueles que querem projetos que vão excluir os segmentos que são os mais frágeis da população brasileira: os negros, as mulheres, os índios, os mais pobres”, declarou.
Pesquisa Datafolha divulgada na noite da quinta-feira apontou que Bolsonaro ampliou a vantagem na liderança da corrida presidencial. O candidato do PSL passou a 35 por cento, seguido por Haddad, com 22 por cento.
Numericamente em terceiro lugar vem Ciro Gomes (PDT), com 11 por cento, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com 8 por cento, e Marina, com 4 por cento.
Escrito por Thomson Reuters
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