Milei assina pacto político para reforçar plano econômico argentino
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BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou um pacto há muito adiado com governadores das províncias na madrugada desta terça-feira, em um esforço para ampliar o apoio às reformas econômicas e fortalecer seu governo minoritário de quase sete meses.
O acordo, assinado pouco depois da meia-noite com 18 governadores, busca dissipar as dúvidas do mercado sobre a capacidade de Milei de enfrentar a pior crise econômica das últimas décadas, que levou metade da população à pobreza e fez com que a inflação subisse para quase 300%.
'A Argentina se encontra em um ponto de inflexão', disse Milei, um economista libertário radical, em um discurso mais tarde na cidade de Tucumán, no norte do país, onde a Argentina declarou independência da Espanha há mais de dois séculos.
'As pessoas exigem uma mudança de direção.'
Os títulos e o peso estão sob pressão renovada após uma forte recuperação inicial do mercado quando Milei assumiu o cargo em dezembro, com a economia entrando em recessão e a tensão política aumentando.
O partido A Liberdade Avança, de Milei, não tem maioria parlamentar e não tem governadores de províncias, de modo que precisa negociar com outros partidos políticos para levar adiante sua agenda.
Entre os 10 itens cobertos pelo pacto, o governo de Milei destacou um orçamento equilibrado inegociável, cortes acentuados nos gastos públicos, bem como reformas tributárias e trabalhistas.
'Esse pacto mostra que governadores de diferentes partidos políticos podem unir forças para que o governo nacional possa administrar esse compromisso', afirmou Martin Llaryora, governador da província central de Córdoba, a repórteres no final da segunda-feira.
No final de junho, os parlamentares argentinos aprovaram duas importantes reformas legislativas apoiadas por Milei e destinadas a impulsionar a economia, reduzindo os gastos públicos e atraindo investimentos privados. Mas os mercados recuaram na última semana.
(Reportagem de Jorge Otaola e Nicolas Misculin)
Escrito por Reuters
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