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Mineração de MG perde prazo para eliminar barragens; setor tenta evitar punições

Placeholder - loading - Vista de local devastado por colapso de barragem em Brumadinho   13/2/2019 REUTERS/Washington Alves
Vista de local devastado por colapso de barragem em Brumadinho 13/2/2019 REUTERS/Washington Alves
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Vale e outras mineradoras estão prestes a descumprir um prazo legal que previa a eliminação de suas barragens consideradas mais perigosas em Minas Gerais até 25 de fevereiro e poderão operar sob o risco de sanções, como a suspensão de suas licenças, segundo representantes do setor.

O prazo, considerado inviável desde o início pela indústria de mineração, devido à complexidade para a eliminação das estruturas, foi determinado um mês após o rompimento de barragem em Brumadinho (MG), que ocorreu em 25 de janeiro de 2019.

Uma lei de Minas Gerais deu prazo até o próximo dia 25 para o fim das barragens alteadas pelo método a montante, consideradas mais perigosas, por suas paredes serem construídas sobre uma base de resíduos, em vez de em material externo ou em terra firme. A tecnologia foi utilizada em Brumadinho e também na barragem da Samarco que se rompeu em Mariana (MG) em 2015.

No total, apenas 18 barragens a montante terão sido descomissionadas dentro do prazo, das 48 existentes em Minas Gerais em 2019, conforme levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Outras seis devem ser totalmente eliminadas até o fim do ano no Estado, apontou.

Para ilustrar a dificuldade dos trabalhos, a federação calculou que se todas essas barragens fossem descaracterizadas, mediante a remoção de estimados 689,5 milhões de metros cúbicos de rejeitos, seriam necessárias décadas. Há, no entanto, outras formas de se descaracterizar as estruturas.

Diante desse cenário, a federação decidiu recorrer à Justiça para evitar sanções e encontrar meios para que o prazo seja flexibilizado de acordo com as características e demandas de cada empreendimento.

'Não queremos que seja mais lento, o que tem que fazer é o mais seguro... Descomissionar assodadamente também seria um risco', disse à Reuters o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressaltando ainda que o processo de descomissionamento e o prazo deveriam levar em conta estruturas individuais e segurança.

'Defendemos que seja cumprida a Lei Federal e o órgão técnico defina o cronograma para o descomissionamento das barragens.'

Cada empresa, segundo ele, apresentou um cronograma para a descaracterização das barragens, considerando o prazo e o método necessário para que seja feita de forma segura.

Uma lei federal, publicada em setembro de 2020, também determina a data de 25 de fevereiro para a conclusão da eliminação de barragens a montante, mas prevê que o prazo poderá ser prorrogado pela entidade que regula e fiscaliza a atividade minerária.

A gigante Vale, dona do maior número de barragens relacionadas à produção de minério de ferro no Estado, eliminou desde 2019 quatro estruturas a montante em Minas Gerais --outras três do Pará--, das 30 mapeadas pelo Programa de Descaracterização da empresa, detalhou a companhia recentemente.

Nesta semana, a mineradora iniciou o descomissionamento da primeira das cinco que estão previstas para serem descomissionadas ainda neste ano, todas em Minas Gerais.

Procurada para comentar a lei estadual, a Vale reiterou seu compromisso de descomissionar as barragens a montante no país e evitar novas tragédias.

'Um dos pilares do trabalho da Vale no princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o de Brumadinho é a eliminação de todas as suas barragens alteadas a montante no Brasil, no menor prazo possível, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, dos trabalhadores e do meio ambiente', afirmou a empresa por email.

Além da Vale, há barragens a montante de diversas companhias no Estado, conforme registros da reguladora ANM e do governo mineiro. As estruturas pertencem a empresas como CSN, Gerdau e ArcelorMittal, entre outras.

Procuradas, a agência reguladora do setor ANM, CSN, Gerdau e ArcelorMittal não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

RECURSOS NA JUSTIÇA

Diante do cenário, a Fiemg apresentou ação na Justiça na semana passada, questionando a constitucionalidade da lei estadual, em busca de evitar que as empresas tenham suas licenças cassadas ao não cumprir os prazos.

Segundo Roscoe, a possível aplicação da suspensão da licença como penalidade vai na contramão do que prevê a própria lei, uma vez que as empresas seriam impedidas de dar continuidade às atividades necessárias para o descomissionamento.

Uma outra ação deverá ser apresentada pela federação no fim desta semana na Justiça, segundo Roscoe, pedindo uma mediação do judiciário para que os trabalhos de descomissionamento sejam realizados de acordo com a necessidade de cada empreendimento.

Luiz Fernando Visconti, sócio de Mineração do escritório de advocacia SiqueiraCastro, afirmou à Reuters que 'não é novidade que não seria possível cumprir esses prazos', devido à complexidade dessas estruturas.

Ele destacou ainda que a insegurança jurídica e a sobreposição de normas sobre o mesmo tema prejudicam investimentos no país. A própria ANM, ressaltou Visconti, publicou em agosto de 2019 uma regulamentação definindo prazos mais longos para a eliminação das barragens a montante, levando em consideração os volumes de rejeitos em cada estrutura.

(Por Marta Nogueira)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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DURAN DURAN RELANÇA COLETÂNEA ‘GREATEST’ EM VINIL BRANCO

A icônica banda britânica Duran Duran acaba de anunciar o relançamento de sua coletânea definitiva, Greatest, em uma edição especial em vinil branco, disponível pela primeira vez desde sua estreia original em 1998. A nova versão, que celebra a trajetória de uma das maiores bandas do synthpop mundial, já pode ser reservada no site oficial do grupo. LINK

Compilação definitiva do Duran Duran retorna em grande estilo

Com 19 faixas, o disco reúne os maiores sucessos do grupo, incluindo clássicos atemporais como "Rio", "The Reflex", "Ordinary World", "Hungry Like The Wolf" e "Girls on Film". As canções percorrem diferentes fases da carreira do Duran Duran, com exceção das faixas do álbum tributo Thank You (1995), que foram deixadas de fora nesta versão.

Qualidade sonora e visual premium para fãs e colecionadores

A nova edição em vinil branco de 140g acompanha capa dupla com acabamento em relevo, voltada especialmente para os colecionadores e apaixonados por edições limitadas. Trata-se de uma atualização da coletânea Decade (1989), com o acréscimo de faixas dos anos 1990 e edições especiais de algumas músicas para garantir compatibilidade com o formato original de CD da época.

Greatest: marco na discografia e sucesso de vendas

Lançada originalmente em 1998, a coletânea Greatest surgiu como uma forma de celebrar quase duas décadas de carreira do Duran Duran, reunindo faixas que dominaram as paradas dos anos 1980 e 1990. O álbum é amplamente reconhecido como a compilação mais completa da banda até hoje, superando o sucesso de sua antecessora, Decade (1989), ao incluir hits de álbuns como Duran Duran (The Wedding Album) e Medazzaland.

A versão original do CD foi cuidadosamente editada para que as músicas coubessem em um único disco, o que levou à criação de versões especiais e radio edits de algumas faixas. Entre elas estão “Come Undone (Edit)”, “Skin Trade (Radio Cut)” e “Electric Barbarella (Edit)”, esta última lançada como single promocional no Reino Unido exclusivamente para divulgar o projeto.

Certificações e legado duradouro

Até o ano de 2008, a coletânea já havia vendido mais de 1,3 milhão de cópias nos Estados Unidos, conquistando a certificação de Disco de Platina pela RIAA. Ao longo dos anos, Greatest permaneceu como item essencial no catálogo da banda, sendo frequentemente redescoberto por novas gerações de fãs do new wave, pop-rock e synthpop.

Duran Duran: pioneiros da era dos videoclipes

Muito além do som, o Duran Duran consolidou seu lugar na história como uma das bandas que mais investiram em videoclipes durante os anos 1980. Seu visual ousado, estética cinematográfica e parcerias com grandes diretores ajudaram a transformar a MTV em um fenômeno cultural e a posicionar a banda como ícone do pop visual.

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