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Missouri tentar bloquear envio de monitores eleitorais do Departamento de Justiça dos EUA ao Estado

Placeholder - loading - Eleição presidencial de 2020 no Estado norte-americano do Missouri  03/11/2020 REUTERS/Lawrence Bryant
Eleição presidencial de 2020 no Estado norte-americano do Missouri 03/11/2020 REUTERS/Lawrence Bryant

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Por Sarah N. Lynch

WASHINGTON (Reuters) - O Estado norte-americano de Missouri, governado por um republicano, pediu a um juiz nesta segunda-feira que impeça o Departamento de Justiça dos Estados Unidos de enviar observadores a St. Louis no dia da eleição para monitorar a conformidade com as leis federais de direito ao voto, mesmo após o conselho eleitoral da cidade ter concordado em permitir a presença dos monitores.

A ação judicial, apresentada no tribunal distrital para o leste de Missouri pelo procurador-geral e secretário de Estado de Missouri, acusa o Departamento de Justiça de formular um plano de última hora que visa 'substituir as autoridades eleitorais estaduais' ao enviar monitores de votação na terça-feira para locais em St. Louis.

O ex-presidente Donald Trump, um republicano que enfrenta a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, na eleição presidencial dos EUA na terça-feira, continua a alegar falsamente que sua derrota em 2020 foi resultado de fraude generalizada. Ele pediu aos seus apoiadores para comparecerem aos locais de votação para identificar possíveis fraudes.

O Missouri é um dos 27 Estados para os quais o Departamento de Justiça anunciou, na sexta-feira, que enviaria funcionários para monitorar locais de votação, como costuma fazer durante eleições nacionais.

Em Missouri, a única área que o departamento vai enviar monitores é St. Louis, que, em janeiro de 2021, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça sobre preocupações com barreiras arquitetônicas e outros problemas que poderiam dificultar a votação de pessoas com deficiência.

Como parte do acordo, a Comissão Eleitoral de St. Louis concordou em permitir que o Departamento de Justiça fizesse o monitoramento, incluindo a supervisão dos locais de votação no dia da eleição.

O acordo foi fechado no final do governo Trump, quando Eric Dreiband era procurador-assistente da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça.

O Departamento de Justiça não comentou o processo.

Embora alguns dos locais que o Departamento de Justiça vai monitorar no dia da eleição incluam condados importantes em sete Estados decisivos que devem ser cruciais para o resultado da eleição, o departamento também vai enviar pessoal para diversos outros locais, como condados no Texas, Massachusetts, Alasca, Dakota do Sul e Nova Jersey.

O Missouri não é um dos sete Estados cruciais.

O Departamento de Justiça é responsável por aplicar várias leis federais de direito ao voto, como a que exige que os Estados ofereçam acomodações para eleitores com deficiência e outra que obriga os Estados a permitirem que cidadãos norte-americanos e membros das Forças Armadas residentes no exterior possam votar por cédula de ausência em eleições federais.

Em 2022, tanto Flórida quanto Missouri resistiram aos esforços do Departamento de Justiça para enviar monitores eleitorais a locais como os condados de Miami-Dade e Broward, na Flórida.

Naquele ano, a Flórida, em uma carta ao Departamento de Justiça, afirmou que a lei estadual proibia funcionários do Departamento de estarem dentro dos locais de votação a menos que fizessem parte de uma lista de pessoal autorizado.

Em resposta a essas preocupações, o Departamento de Justiça posicionou seu pessoal do lado de fora dos locais de votação na Flórida e em Missouri para a eleição de 2022.

Escrito por Reuters

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