Montadoras chinesas dizem manter plano de investimentos na Europa apesar de investigação
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PEQUIM (Reuters) - Os planos das montadoras chinesas de investir na Europa não serão alterados por conta da investigação anti-subsídios da União Europeia sobre veículos elétricos fabricados na China, disse uma importante associação da indústria automobilística chinesa nesta terça-feira.
'As empresas chinesas continuarão a se desenvolver inabalavelmente na Europa e a se integrar nos mercados locais', disse Cui Dongshu, secretário-geral da Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros (CPCA).
Ele fez os comentários ao anunciar uma rara queda nas exportações de automóveis chineses em maio, em meio a uma baixa contínua nas vendas domésticas.
A União Europeia alega que os fabricantes de automóveis chineses se beneficiam injustamente de subsídios estatais. Além disso, acusa os fabricantes de despejarem o excesso de produção na Europa, o que é negado por Pequim.
Espera-se que a UE anuncie nesta semana as tarifas que planeja impor aos veículos elétricos chineses, numa medida que poderá provocar retaliações.
'A indústria automotiva tradicional desempenha um papel importante na geração de emprego na Europa... As empresas chinesas não tomarão medidas agressivas ou medidas de preços baixos para perturbar a estabilidade do emprego na Europa', disse Cui.
As exportações chinesas de veículos de nova energia (NEVs, na sigla em inglês), que incluem carros elétricos e híbridos plug-in, caíram 4% em termos anuais em maio e cederam 18,8% em relação ao mês anterior, mostraram os dados da CPCA.
As exportações de NEVs como porcentagem das vendas globais de automóveis situaram-se em 24,8%, uma rara queda anual de 6,8 pontos percentuais.
No geral, as exportações de veículos de passageiros pela China caíram 9%, de um máximo histórico em abril, para 378.000 veículos em maio, mostraram os dados.
“O crescimento das exportações não atendeu às nossas expectativas”, disse Cui.
Já as vendas domésticas de veículos caíram 2,2% em maio, após uma queda de 5,8% em abril, num sinal de que a fraca procura está a se consolidando no maior mercado automotivo do mundo.
(Reportagem de Qiaoyi Li, Zhang Yan e Miyoung Kim)
Escrito por Reuters
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