Morre Tina Turner aos 83 anos
Causa da morte ainda não foi divulgada
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Na tarde dessa quarta-feira (24), Tina Turner morreu aos 83 anos.
A notícia foi dada por um por um de seus representantes através de redes sociais: “É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã. Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera compaixão vai para a família dela. Tina, sentiremos muito sua falta”.
Em delcaração à Reuters, a equipe da artista ainda informou que Tina faleceu pacificamente em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça, mas a causa da morte ainda não foi divulgada.
Anna Mae Bullock nasceu em 1939 no estado do Tennessee, um dos mais conservadores dos Estados Unidos. Começou a carreira como Little Ann e, posteriormente, adotou o nome que a consagrou para todo o mundo, Tina Turner, quando era esposa e parceira musical de Ike Turner.
O casamento foi marcado por abusos e agressões que criaram cicatrizes profundas na estrela. Desde o momento em que começaram a trabalhar juntos, Ike fez questão de demonstrar ao mundo que Tina ‘era dele’. Deu seu nome à ela, ficou responsável por sua marca comercial e era o receptor de todos seus pagamentos.
No livro “Minha história de amor”, lançado em 2018, Tina escreveu sobre os episódios de violência que vivenciou durante a relação de 16 anos. Ike foi responsável por atos de abuso físico, psicológico e também patrimonial. O marido pegava seu dinheiro, por exemplo, para investir em projetos pessoais e comprar drogas. Ele já chegou a quebrar a mandíbula da artista e jogar café quente no seu rosto.
Apesar de todos os empecilhos, Tina deu a volta por cima e se tornou uma fonte de inspiração e um símbolo de força à frente do seu tempo. Divorciada e recomeçando sua carreira praticamente do zero, teve que criar os próprios contatos na indústria da música. Encontrou produtores dispostos a trabalhar com ela, e, pela primeira vez, aos 44 anos, lançou um disco solo sem a interferência de Ike. O resultado foi o álbum “Private Dancer”, de 1984. A coletânea vendeu mais de 12 milhões de unidades ao redor do mundo, e conquistou 4 dos 6 grammys aos quais foi indicada.
O projeto também trouxe alguns dos seus principais hits, como “What's Love Got To Do With It”, “Better Be Good To Me” e “1984”.
O sucesso comercial de Tina a aproximou de um sonho que cultivava há algum tempo - ela queria ser a primeira cantora negra de ‘rock and roll’ a lotar estádios. Foi uma questão de tempo até isso se tornar realidade. Em 1988, através da turnê “Break Every Rule”, que promovia o álbum de mesmo nome, ela reuniu 188 mil pessoas no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, uma artista solo conquistava um público pagante tão elevado.
Aquela foi a primeira e última vez da cantora em solo brasileiro. Seu último lançamento de material inédito foi em 1999, quando disponibilizou o álbum “Twenty Four Seven”. Turner estava aposentada desde 2009, ano em que se despediu dos palcos através da turnê “Tina! 50º aniversário”.
Matéria em atualização
Escrito por Redação Antena 1
SALA DE BATE PAPO