Muro de Trump coloca espécies do Texas em risco de extinção
Plantas e animais sofrerão mudanças drásticas nos habitats naturais com a construção.
Publicada em
O muro que Donald Trump já está construindo, entre o Texas e os estados de Coahuila e Nuevo León, poderá levar à extinção algumas espécies dessas regiões. A barreira segue o traçado do Rio Grande – cujas margens sustentam um ecossistema delicado, com grande biodiversidade –, impedindo a circulação de espécies entre os dois países e piorando a situação de plantas e animais típicos que já estão ameaçados de extinção.
“Até agora, o muro só passou por cidades e desertos. Mas no Texas, ele vai precisar passar pelo Rio Grande, e isso é completamente diferente”, afirmou Norma Fowler, bióloga da Universidade de Austin e autora de um artigo sobre o impacto ambiental da barreira. “Eu e outros biólogos do Texas estamos preocupados com o impacto que a medida terá no nosso rico patrimônio natural.”
Um exemplo é a flor Physaria thamnophil, uma parente distante da mostarda, que só cresce em um lugar do mundo: onde o muro será construído. Outras espécies que estão na mira da construção são a jaguatirica – felino do qual só restam 120 exemplares no Texas – e o urso-negro.
O muro pode dividir as populações locais ao meio, derrubando a variabilidade genética e impedindo a reprodução. Pássaros e insetos polinizadores também terão problemas para transportar pólen e sementes de um lado ao outro da barreira.
E os problemas ambientais podem também doer no bolso: segundo uma pesquisa de 2011, a observação de pássaros movimenta o turismo local, gerando US$ 344 milhões por ano.
Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO