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Natura&Co espera resultado positivo nos próximos trimestres após efeitos não recorrentes

Placeholder - loading - Loja da Natura em shopping center em Brasília, Brasil 29/11/2023 REUTERS/Adriano Machado
Loja da Natura em shopping center em Brasília, Brasil 29/11/2023 REUTERS/Adriano Machado

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SÃO PAULO (Reuters) - A Natura&Co espera conseguir atingir lucro líquido nos próximos trimestres depois de um primeiro trimestre em que o resultado negativo da companhia cresceu 43% sobre o mesmo período de 2023, afirmaram executivos nesta terça-feira.

'Estamos trabalhando para que este número de lucro (prejuízo) líquido fique menos poluído e acreditamos que nos próximos trimestres esse número tem tudo para ficar positivo', disse o presidente-executivo da Natura&Co, Fábio Barbosa, em conferência com analistas.

O presidente da Natura&Co se referiu aos efeitos citados como não recorrentes pelo diretor financeiro Guilherme Castellan, incluindo eventos como os relacionados à venda da rede de lojas The Body Shop e tributários.

Castellan, porém, indicou que os custos 'transformacionais' da companhia, que há vários meses tem focado em simplificação de operações e revisão de seus produtos e posicionamento de mercado, devem continuar elevados neste ano, 'mas deve reduzir bem em 2025 e serão muito pequenos em 2026'.

Às 11h, as ações da Natura&Co lideravam as baixas do Ibovespa, mostrando recuo de 5%, enquanto o índice mostrava alta de 0,3%.

Questionado sobre as operações da Avon International, Castellan afirmou que o 'nome do jogo' para a unidade é priorização dos investimentos em mercados mais rentáveis e citou que é possível que ocorra novas contrações de receita no curto prazo, 'mas com foco em melhorar o crescimento da margem no futuro'.

No primeiro trimestre, o faturamento líquido da Avon International caiu 4,7% em moeda constante e a margem Ebitda encolheu de 6,1% para 5,3%.

Barbosa comentou que os planos para uma eventual separação da Avon International do grupo seguem em estudo e que o foco da empresa na avaliação é permitir uma 'estratégia em que as duas unidades sejam viáveis', mas não precisou quando as análises serão concluídas.

Segundo ele, a reestruturação dos negócios do grupo que já dura dois anos 'está mais atrasada' na Avon International, mas a estratégia é a mesma de melhoria de preços e revisão de produtos, algo que incluirá para o final do ano itens de perfumaria. Atualmente, o foco da marca tem sido maquiagem e outros produtos para o rosto.

'Há dois anos estamos trabalhando em melhora de rentabilidade e conversão de caixa...As vendas sofreram em função disso...Agora que temos a rentabilidade, a questão é rebalancear para que voltemos a crescer', disse Barbosa.

Sobre o Rio Grande do Sul, o diretor para a América Latina, João Gonçalves Ferreira, afirmou que o Estado representa entre 2,5% e 3% das receitas do grupo na América Latina e que na Argentina a companhia está vendo um cenário de 'consumo progressivo' embora a situação macroeconômica do país represente 'desafios'.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Escrito por Reuters

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