Negociação Mercosul-UE avança bem e objetivo é fechar acordo este ano, diz secretário do Itamaraty
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BRASÍLIA (Reuters) -O governo brasileiro tem expectativa de fechar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda este ano, e avalia que as negociações avançam bem, disse nesta sexta-feira o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Maurício Lyrio, negociador brasileiro do acordo.
Lyrio pontuou, no entanto, que o tema não será discutido durante a cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro este mês.
'A negociação avança bem, mas a ideia não é fazer alguma coisa sobre isso na cúpula do G20. O objetivo continua sendo de buscar concluir as negociações até o final do ano. Teremos outras oportunidades de negociação até o final do ano', disse Lyrio em entrevista no Itamaraty.
As negociações tem continuado de forma virtual, segundo informações do Itamaraty, e uma nova rodada presencial está prevista no final deste mês. Se as questões pendentes forem resolvidas, a intenção é que o acordo seja anunciado durante a cúpula do Mercosul no início de dezembro, em Montevidéu.
Ainda há resistências de alguns países, em especial a França, cujo presidente, Emmanuel Macron, já se declarou completamente contra qualquer modalidade de acordo.
Também há pontos a serem resolvidos sobre compras governamentais, que o Brasil pediu para tirar do acordo, e sobre os impactos da lei europeia antidesmatamento nas cotas agrícolas. Ainda assim, ambos os lados mantêm a expectativa de fechas as negociações em breve.
Em entrevista à Reuters na semana passada, o comissário europeu Janez Lenarcic garantiu que a UE tem todo interesse no acordo, apesar de algumas resistências.
'Em primeiro lugar, a União Europeia quer este acordo. Permita-me ser muito claro quanto a isso', afirmou Lenarcic. 'Sim, há algumas questões em aberto. Sim, as negociações continuam, mas queremos este acordo e esperamos poder encontrar soluções para as restantes questões em breve, até ao final deste ano.'
(Por Lisandra ParaguassuEdição de Pedro Fonseca)
Escrito por Reuters
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