Netanyahu aprovou ataques com pagers contra Hezbollah, diz porta-voz
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JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou os ataques com pagers que desferiram um golpe mortal no grupo armado libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, em setembro, disse Omer Dostri, porta-voz de seu gabinete, nesta segunda-feira.
Os militares israelenses, que estão envolvidos em combates transfronteiriços com o Hezbollah desde o início da guerra de Gaza em outubro de 2023, inicialmente se recusaram a responder a perguntas sobre as detonações.
Em 17 de setembro, milhares de pagers explodiram simultaneamente nos subúrbios do sul de Beirute e em outros redutos do Hezbollah, na maioria dos casos depois que os dispositivos emitiram um bipe, indicando uma mensagem recebida.
Uma autoridade do Hezbollah, falando sob condição de anonimato, disse que o incidente foi a 'maior falha de segurança' do grupo em quase um ano de conflito com Israel.
Entre as vítimas levadas às pressas para o hospital, muitas tinham ferimentos nos olhos, dedos faltando ou buracos abertos no abdômen, segundo testemunhas da Reuters, indicando sua proximidade com os dispositivos no momento da detonação.
No total, o ataque com pagers e um segundo ataque no dia seguinte, que ativou walkie-talkies armados, mataram 39 pessoas e feriram mais de 3.400.
A mídia israelense informou que Netanyahu reivindicou a responsabilidade pelo ataque durante uma reunião do gabinete, dizendo aos ministros que as autoridades de defesa e as figuras políticas graduadas se opunham à detonação dos pagers, mas que ele prosseguiu com a operação.
Os combatentes do Hezbollah têm usado pagers como um meio de comunicação de baixa tecnologia em uma tentativa de evitar o rastreamento de localização israelense, disseram duas fontes familiarizadas com as operações do grupo à Reuters este ano. Um pager é um dispositivo de telecomunicações sem fio que recebe e exibe mensagens.
Israel acompanhou as detonações de pagers com a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo e com o lançamento de incursões no sul do Líbano.
(Reportagem de Jonathan Saul)
Escrito por Reuters
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