Netanyahu prepara retorno nas eleições israelenses, apontam pesquisas de boca de urna
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Por Maayan Lubell e Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu parece estar bem posicionado para retornar ao poder, depois que as pesquisas de boca de urna após a eleição de terça-feira mostraram que seu bloco de direita caminha para conquistar uma maioria estreita no Parlamento, impulsionada por uma forte demonstração de seus aliados de extrema-direita.
O primeiro-ministro que por mais tempo governou Israel, e que está sendo julgado de corrupção que ele nega, estava prestes a conseguir entre 61 e 62 vagas no Knesset, o Parlamento israelense, que tem 120 cadeiras, de acordo com pesquisas de boca de urna de um canal de televisão israelense.
As primeiras pesquisas de boca de urna podem diferir do resultado final da eleição, que não é esperado até o final da semana. Mas os resultados apontam para uma forte atuação da direita, contrariando projeções que apontavam para um resultado aquém da conquista da maioria no Parlamento.
'Claro que estou feliz. Só espero que continue subindo', disse o parlamentar do Likud Dudi Amsalem. 'Vamos fortalecer a identidade judaica e fortalecer a lei e a ordem.'
A quinta eleição de Israel em menos de quatro anos exasperou muitos eleitores, mas a participação foi registrada nos níveis mais altos desde 1999.
A campanha foi abalada pelo incendiário de extrema-direita Itamar Ben-Gvir, e seu grupo ultranacionalista do Sionismo Religioso, agora prestes a ser o terceiro maior partido no parlamento depois de surgir das margens políticas.
A segurança nas ruas e a alta dos preços encabeçaram a lista de preocupações dos eleitores em uma campanha desencadeada por deserções da improvável coalizão do governo, composta por partidos de direita, liberais e árabes, e comandada pelo primeiro-ministro Yair Lapid.
Mas as questões políticas foram ofuscadas pela personalidade descomunal de Netanyahu, cujas batalhas legais alimentaram o impasse que bloqueia o sistema político de Israel desde que ele foi indiciado por suborno, fraude e quebra de confiança em 2019.
Escrito por Reuters
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