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No G7, Lula cobra que países ricos não deixem “resto do mundo para trás” na transição verde

Placeholder - loading - World leaders from G7 and invited countries (top row L-R) Mathias Cormann, Secretary-General of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Managing Director of the IMF Kristali
World leaders from G7 and invited countries (top row L-R) Mathias Cormann, Secretary-General of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Managing Director of the IMF Kristali

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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado que os países ricos não deixem o resto do mundo para trás no processo de transição verde e, em discurso ao lado dos líderes das maiores democracias globais, cobrou financiamento e apoio a nações emergentes.

Em reunião de trabalho do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima, no Japão, Lula ainda pediu que os países desenvolvidos cumpram a promessa de alocar 100 bilhões de dólares ao ano em ações climáticas.

“De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo”, disse.

“Os países em desenvolvimento continuarão precisando de financiamento, tecnologia e apoio técnico', acrescentou.

O presidente afirmou que o Brasil quer liderar o processo de proteção do meio ambiente e disse que o país cumprirá os compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.

Em outro discurso, Lula defendeu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU para ampliar o número de membros permanentes e criticou o que chamou de “blocos antagônicos”.

O presidente disse que houve “retrocessos importantes” nos últimos anos, citando o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio.

“Não tenhamos ilusões, nenhum país poderá enfrentar isoladamente as ameaças sistêmicas da atualidade. A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países”, afirmou.

Para ele, não faz sentido conclamar países emergentes a contribuir para resolver as crises que o mundo enfrenta sem que as preocupações desses atores sejam atendidas e sem que eles estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.

“Coalizões não são um fim em si, e servem para alavancar iniciativas em espaços plurais como o sistema ONU e suas organizações parceiras. Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI”, disse.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, 5 permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e 10 não-permanentes, que são eleitos para mandatos de dois anos pela Assembleia Geral. O Brasil atualmente é um membro não-permanente, sem direito a voto.

Lula ainda afirmou que o endividamento externo de muitos países, que hoje “assola a Argentina”, é causa de desigualdade e requer do Fundo Monetário Internacional (FMI) um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajustes econômicos.

(Por Bernardo Caram)

Escrito por Reuters

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