Nokia se junta à Ericsson em previsão de 2º semestre mais forte, após lucrar menos que o esperado no 1º tri
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Por Olivier Sorgho
(Reuters) - A fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações Nokia registrou um aumento no lucro trimestral menor do que o esperado nesta quinta-feira, já que a demanda lenta por dispositivos 5G nos principais mercados da América do Norte e Índia continuou pesando sobre as vendas.
'Este ainda será um ano fraco para o mercado de RAN (rede de acesso por rádio) móvel e esperamos, como eu disse, que ele melhore gradualmente durante o ano', disse o presidente-executivo Pekka Lundmark a repórteres.
Uma queda na demanda por equipamentos 5G na América do Norte, o maior mercado para Nokia e para a rival sueca Ericsson, além de perdas de participação de mercado na China, têm feito com que ambas as empresas moderem suas expectativas e demitam milhares de funcionários a fim de reduzir custos.
O lucro operacional do primeiro trimestre, excluindo determinados itens de receitas e despesas, e ajudado por cortes de custos, foi de 597 milhões de euros, acima dos 479 milhões do ano anterior.
Quatro analistas consultados pela LSEG previam, em média, um lucro de 663 milhões de euros.
As ações da Nokia reverteram o curso e subiam 1,5% nesta quinta-feira, após caírem mais cedo 3%.
Analistas do JPMorgan disseram que a tendência de vendas fracas da Nokia levou ao lucro abaixo do esperado, mas que a empresa está bem posicionada para uma recuperação.
O segmento de redes móveis, que registra pedidos por dispositivos 5G, viu as vendas em moeda local caírem 37% no trimestre, o que a Nokia disse ter marcado um ponto baixo este ano, e que espera uma recuperação no restante de 2024.
A Nokia já havia previsto em janeiro uma recuperação da demanda na segunda metade de 2024. A Ericsson disse na terça-feira que suas vendas se normalizariam no segundo semestre.
Paolo Pescatore, da PP Foresight, disse ser encorajadora a confiança de médio a longo prazo da Nokia e da Ericsson no mercado, mas que incertezas macroeconômicas, eleições e atuais tensões geopolíticas permanecem sendo grandes preocupações.
(Reportagem de Olivier Sorgho em Gdansk)
Escrito por Reuters
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