Nova política chinesa de 3 filhos provoca ceticismo e dúvidas sobre custos
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Por Tony Munroe
PEQUIM (Reuters) - A decisão da China de permitir que as famílias tenham até três filhos foi recebida nesta terça-feira com ceticismo, e nas redes sociais surgiram expressões de dúvida sobre a diferença que pode fazer e pedidos de detalhes sobre o que as 'medidas de apoio' incluirão.
Na segunda-feira, a China anunciou que está suspendendo o limite de dois filhos na tentativa de incentivar mais nascimentos semanas depois de dados de um censo confirmarem o envelhecimento rápido e um declínio de fertilidade que coloca o país no rumo de um encolhimento de sua população, a maior do mundo.
A grande mudança de política incluirá medidas de apoio 'propícias à melhoria da estrutura populacional de nosso país', disse a agência de notícias oficial Xinhua.
'Não entendo bem. Qual é o significado de medidas de apoio?', indagou um usuário do Weibo em uma postagem que recebeu mais de 128 mil curtidas e se tornou o comentário mais popular sobre a postagem da Xinhua sobre a política de três filhos.
Participantes de redes sociais citaram os custos altos de se criar filhos na China urbana, onde a moradia pode ser cara e crianças são submetidas a instrução particular em acréscimo ao ensino público em um sistema educativo altamente competitivo, como desestímulos a filhos.
As mulheres do país já enfrentam uma disparidade de gênero crescente em termos de participação na mão de obra e remuneração, e vêm sua parcela de cuidados com os filhos crescer devido ao declínio da ajuda estatal, de acordo com um relatório do ano passado do Instituto Peterson de Economia Internacional.
(Reportagem adicional de Sophie Yu e Leng Cheng em Pequim e David Kirton em Shenzhen)
Escrito por Reuters
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