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Nova proposta para tabela de fretes sofre críticas de caminhoneiros e empresários

Placeholder - loading - Caminhões passam pelo Porto de Santos (SP)  25/02/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Caminhões passam pelo Porto de Santos (SP) 25/02/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
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SÃO PAULO (Reuters) - A nova metodologia para cálculo de fretes mínimos apresentada em audiência pública nesta terça-feira atraiu críticas de caminhoneiros e empresários, em uma sessão lotada e tensa, na qual ficou claro que há ainda muitos pontos a serem equacionados antes que o setor de transporte do país possa afastar ameaças como greve de motoristas.

A metodologia foi desenvolvida pela Esalq-Log, da USP, e recebeu inscrições para manifestação oral de mais de 50 pessoas na audiência pública realizada na cidade de São Paulo. A reunião foi a segunda de uma série de quatro, antes que a nova tabela de pisos mínimos de frete entre em vigor em 20 de julho. As audiências têm como objetivo recolher sugestões para eventual inclusão na metodologia pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). As próximas serão em Porto Alegre, na quinta-feira, e Brasília, em 23 de maio.

Caminhoneiros autônomos, sindicalistas, empresários de transporte, representantes de entidades de agronegócio e do setor industrial participaram do evento. Enquanto os motoristas citaram questões como dificuldades geradas pela ação de atravessadores de carga e os constantes reajustes no preço do diesel pela Petrobras, o setor privado mencionou ilegalidade do tabelamento, problemas para a produtividade e imposição de custos indevidos.

Em sua fala, o economista-chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Furlan, afirmou que os valores de frete calculados pela tabela da Esalq são menores do que os tabela atual, o que comprovaria que as empresas estão sendo obrigadas a pagar mais pelo frete desde a implementação do tabelamento, em meados do ano passado.

Por conta disso, Furlan defendeu anistia de multas para empresas que desrespeitaram a regra vigente. 'Foi imposto custo real, inaplicável, e por isso não faz sentido punir as empresas', disse Furlan, recebendo uma sonora salva de vaias de representantes de caminhoneiros.

O vice-presidente da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense (Acasulf), Nelson de Carvalho Jr., também entendeu que a metodologia proposta pela Esalq-Log resulta em preços mínimos de frete abaixo dos estabelecidos pela regra atual.

'É pior que antes da greve', disse ele, referindo-se à paralisação dos caminhoneiros de maio do ano passado. 'E com o diesel sendo reajustado várias vezes, fica inviável', acrescentou. Ele citou que a entidade representa cerca de 1.000 motoristas autônomos e não está defendendo declaração de greve de caminhoneiros antes do fim das audiências e da definição final da tabela. 'Estamos segurando porque tem as audiências, mas tem muito caminhoneiro que não aguenta esperar até julho', disse ele.

Os reajustes da Petrobras, contudo, estão mais espaçados. Neste mês, foi realizado apenas um, de 2,57%, e em abril também o combustível foi reajustado uma única vez, em 4,8%, uma prática diferente do que motivou os protestos de maio do ano passado, quando as atualizações eram feitas quase que diárias.

DESAFIOS

As dificuldades em torno do ato de se tabelar o frete são inúmeras, segundo as manifestações na audiência. Enquanto a equipe da Esalq montou uma matriz com 11 tipos de carga, incluindo granéis sólidos e líquidos, frigorificadas e perigosas, representante da Câmara Técnica de Granéis e Sólidos (CTGS) lembrou de cargas que são descarregadas pressurizadas, uma atividade que roda 1 bilhão de quilômetros por ano e consome anualmente 50 milhões de litros de diesel.

'Estamos tentando trazer uma contribuição para este segmento, para se definir estruturas de custo... É um trabalho de natureza incremental, não vai se resolver até 20 de julho', disse o coordenador da Esalq-Log, José Vicente Caixeta, que apresentou a metodologia nesta terça-feira.

Ele se referiu a outros dois ciclos de revisão da metodologia, com os próximos no início e meados do ano que vem.

Caixeta afirmou que a proposta não considera lucro dos transportes e despesas como pedágio e tributos. 'Existe abertura para negociação entre ofertantes e demandantes de carga', disse ele.

A metodologia considera caminhões com dois a nove eixos e define valor mínimo de frete de acordo com o tipo de carga por meio de uma equação que tem como variáveis a distância a ser percorrida pela carga e custos fixos e variáveis do deslocamento.

Mas houve pedidos para consideração do peso da carga no cálculo, mencionado por empresário do setor de asfalto do sul do país, e reclamações como a do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), que citou que a tarefa de atravessar a Serra do Mar saindo de Santos eleva o consumo de combustível dos veículos que carregam contêineres.

Do lado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Betancourt, diretor da área de agronegócio da entidade, afirmou que a 'história mostra que tabelamento nunca deu resultado. O trabalho da Esalq-Log é excelente, mas não existe como controle de preços dar certo. São mais de 10 tabelas, 38 variáveis, isso dá conflito'.

'Defendemos que vocês (caminhoneiros) se unam a nós no apoio às reformas econômicas, porque não adianta tabela com preço bom e não ter frete', disse Betancourt. 'Para caminhoneiro ganhar dinheiro, precisamos voltar a crescer.'

E, para além da tabela, o diretor da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar) Markenson Marques cobrou a aprovação do marco regulatório do transporte rodoviário, que está no Senado desde meados do ano passado.

'A tabela não resolve... O que resolverá é o marco regulatório, como é que existem no país 145 mil empresas transportadoras? O marco vai combater a concorrência desleal', disse ele, citando transportadoras de fachada, que agem mais como intermediárias contratando autônomos a preços irrisórios para transporte de cargas de grandes companhias.

(Por Alberto Alerigi Jr)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

22 H
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MEMÓRIA MÚSICAL: OASIS BATE RECORDE HISTÓRICO DE VENDAS DE INGRESSOS

Em 13 de maio de 1996, a banda britânica Oasis alcançou um feito histórico no cenário musical: vendeu 330 mil ingressos em apenas nove horas para seus shows no lendário Knebworth Park, marcados para agosto daquele ano. Com mais de 2,5 milhões de pessoas tentando adquirir entradas, a demanda estabeleceu um recorde inédito para um concerto no Reino Unido — e consolidou a posição do grupo como o maior fenômeno do britpop na década de 1990.

No auge da fama e das paradas

O recorde de vendas não foi por acaso. Em maio de 1996, o Oasis vivia o auge absoluto da carreira. Sete meses antes, em outubro de 1995, a banda havia lançado o aclamado álbum “(What’s the Story) Morning Glory?”, que rapidamente se tornou um dos discos mais vendidos da história do Reino Unido, superando 22 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo.

Com hits como “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” e “Champagne Supernova”, o disco dominava as rádios e catapultava o grupo à fama global. Videoclipes desses singles estavam em alta rotação na MTV, enquanto jornais e revistas britânicas declaravam os irmãos Gallagher como os novos Beatles.

Knebworth 1996: o show de uma geração

Os concertos realizados em 10 e 11 de agosto de 1996 no Knebworth Park entraram para a história como os maiores da carreira da banda. Mais de 330 mil pessoas assistiram aos shows, que contaram com uma estrutura monumental e participação de nomes como The Prodigy, Manic Street Preachers, The Charlatans e The Chemical Brothers como atrações de abertura.

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