Número de mortos em tragédia com imigrantes na Grécia sobe para 80; suspeitos são detidos

Por Karolina Tagaris

MALAKASA, Grécia (Reuters) - Os suspeitos de contrabandear dezenas de imigrantes que se afogaram em um naufrágio no Mar Mediterrâneo na semana passada devem responder a acusações de homicídio culposo em um tribunal grego nesta semana, enquanto o Paquistão deteve uma dúzia de acusados de envolvimento com o desastre.

A Grécia recuperou mais dois corpos nesta segunda-feira, elevando o número de mortes confirmadas para 80, depois que um barco de pesca lotado com centenas de imigrantes afundou na costa sudoeste grega na semana passada em uma viagem que começou na Líbia e deveria terminar na Itália.

Apenas 104 pessoas sobreviveram.

Os advogados de nove supostos contrabandistas detidos pela Grécia, todos do Egito, solicitaram e tiveram aprovado o adiamento de sua audiência de acusação para terça-feira de manhã, informou a semioficial Agência de Notícias de Atenas.

Um dos advogados disse que seu cliente negou que ele fosse um contrabandista, dizendo que era uma vítima que pagou para ser levada para a Itália.

'Ele deixou seu país em busca de uma vida melhor na Europa por causa das dificuldades econômicas', disse o advogado Athanasios Iliopoulos.

A Grécia ainda vasculhava o mar nesta segunda-feira, embora a chance de encontrar mais sobreviventes fosse virtualmente nula. O barco afundou em algumas das águas mais profundas do Mediterrâneo.

Acredita-se que as vítimas sejam da Síria, Paquistão e Egito. Teme-se que outras centenas estejam mortas.

(Reportagem adicional de Abu Arqam Naqash, em Muzaffarabad)