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Funcionários da Vale poderiam ter poupado vidas, diz juiz; 8 são presos

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Por Marta Nogueira

(Reuters) - Oito funcionários da Vale foram presos nesta sexta-feira, após a Justiça entender que eles tinham conhecimento de riscos na barragem que se rompeu em Brumadinho (MG) em janeiro e que poderiam ter evitado grande número de mortes, segundo decisão judicial que acatou pedido do Ministério Público de Minas Gerais vista pela Reuters.

Foram decretadas prisões temporárias, pelo prazo de 30 dias, de quatro gerentes da Vale, sendo dois deles executivos, e outros quatro integrantes das respectivas equipes técnicas.

O rompimento da estrutura, que tinha mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro, liberou uma onda de lama que soterrou área administrativa e refeitório da Vale, além de atingir mata, rios e comunidades. O episódio vitimou mais de 300 pessoas, dentre mortos e desaparecidos.

Os funcionários presos são: Joaquim Pedro de Toledo, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Cristina Heloíza da Silva Malheiros, Artur Bastos Ribeiro, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Hélio Márcio Lopes da Cerqueira, Felipe Figueiredo Rocha e Alexandre de Paula Campanha.

Não foi possível contatar imediatamente os advogados ou representantes dos investigados presos.

Em nota pela manhã, a Vale disse 'que está colaborando plenamente com as autoridades' e que 'permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas'.

Na decisão que determinou a prisão, o juiz Rodrigo Heleno Chaves apontou que aparentemente os empregados presos tinham conhecimento da situação precária da barragem, no primeiro semestre de 2018, e que um antigo funcionário alertou quanto ao fato de que a barragem 'não tinha conserto' e que 'era para tirar o pessoal todo de lá'.

'Ao que parece, os funcionários da Vale assumiram o risco de produzir o resultado, pois, mesmo diante de novos elementos aptos a demonstrar a situação de emergência... não acionaram o PAEBM (Plano de Ações Emergenciais)', disse Chaves, na decisão.

'Caso os investigados tivessem optado pelo acionamento do PAEBM, é forçoso concluir que, provavelmente, quase todas as vidas seriam poupadas.'

Dessa forma, o juiz afirmou na peça que 'há fundadas razões de autoria pelos investigados do crime de homicídio qualificado'.

Em email reproduzido no decisão judicial, de maio de 2018, o engenheiro da auditora alemã TÜV SÜD Makoto Namba relata para outro funcionário da mesma empresa pressão da Vale para que fosse assinado laudo que atestava estabilidade da barragem.

No texto, Namba diz ainda que funcionário da Vale alegou que a empresa estava trabalhando para aumentar o fator de segurança, com rebaixamento de lençol freático, remineração do rejeito, mas que as soluções, segundo ele, seriam de longo prazo, levando de dois a três anos.

As prisões desta sexta-feira não foram as primeiras no caso. Após a tragédia, cinco pessoas ligadas à Vale e à TÜV SÜD foram detidas, mas posteriormente liberadas por decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entre os liberados na semana passada está o engenheiro Makoto Namba.

Na nova decisão judicial, o MPMG também pediu a prisão temporária de quatro funcionários da TÜV SÜD, mas que foram indeferidas, por ora, pelo juiz. Isso por considerar que esses quatro não assinaram o laudo de estabilidade e, em tese, não teriam a incumbência de acionar o Plano de Emergência.

O juiz também destacou que é necessária a tutela da investigação, para que se apurem todos os responsáveis pelo ato, se aqueles que ocupam os cargos mais relevantes da Vale tinham conhecimento da situação.

BUSCAS

Em audiência na Câmara dos Deputados na véspera, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, disse que a Vale 'é uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens, por maior que tenha sido a sua tragédia'.

Em outra nota, a Vale destacou que todas as barragens da mineradora são certificadas e receberam laudos de estabilidade.

Contudo, Schvartsman disse ainda, na Câmara, que a empresa 'humildemente reconhece que, seja lá o que a gente vinha fazendo, não funcionou, já que uma barragem caiu'.

Crimes ambientais e de falsidade ideológica também estão sendo apurados na operação desta sexta-feira, acrescentou o órgão, dizendo ainda que foram alvos de busca e apreensão, em São Paulo e Belo Horizonte, quatro funcionários (um diretor, um gerente e dois integrantes do corpo técnico) da auditora alemã TÜV SÜD.

'Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para contribuir para uma investigação abrangente desse caso', disse a TÜV SÜD em nota, lembrando que contratou os escritórios de advocacia Pohlmann & Company e Hengeler Mueller para que eles conduzam uma investigação independente. Além disso, um especialista independente será chamado para fazer uma avaliação de questões técnicas.

Segundo do Ministério Público, também foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da Vale, no Rio de Janeiro.

'Os documentos e provas apreendidos serão encaminhados ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais para análise. As medidas estão amparadas em elementos concretos colhidos até o momento nas investigações', afirmou em nota o órgão, que contou com apoio das Polícias Civil e Militar para a operação desta sexta-feira.

(Com reportagem adicional de Eduardo Simões e José Roberto Gomes, em São Paulo)

Escrito por Thomson Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

22 H
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MEMÓRIA MÚSICAL: OASIS BATE RECORDE HISTÓRICO DE VENDAS DE INGRESSOS

Em 13 de maio de 1996, a banda britânica Oasis alcançou um feito histórico no cenário musical: vendeu 330 mil ingressos em apenas nove horas para seus shows no lendário Knebworth Park, marcados para agosto daquele ano. Com mais de 2,5 milhões de pessoas tentando adquirir entradas, a demanda estabeleceu um recorde inédito para um concerto no Reino Unido — e consolidou a posição do grupo como o maior fenômeno do britpop na década de 1990.

No auge da fama e das paradas

O recorde de vendas não foi por acaso. Em maio de 1996, o Oasis vivia o auge absoluto da carreira. Sete meses antes, em outubro de 1995, a banda havia lançado o aclamado álbum “(What’s the Story) Morning Glory?”, que rapidamente se tornou um dos discos mais vendidos da história do Reino Unido, superando 22 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo.

Com hits como “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” e “Champagne Supernova”, o disco dominava as rádios e catapultava o grupo à fama global. Videoclipes desses singles estavam em alta rotação na MTV, enquanto jornais e revistas britânicas declaravam os irmãos Gallagher como os novos Beatles.

Knebworth 1996: o show de uma geração

Os concertos realizados em 10 e 11 de agosto de 1996 no Knebworth Park entraram para a história como os maiores da carreira da banda. Mais de 330 mil pessoas assistiram aos shows, que contaram com uma estrutura monumental e participação de nomes como The Prodigy, Manic Street Preachers, The Charlatans e The Chemical Brothers como atrações de abertura.

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