OMS declara mpox emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos
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(Reuters) - A Organização Mundial da Saúde declarou a mpox uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos, depois que um surto da infecção viral na República Democrática do Congo se espalhou para países vizinhos.
A mpox pode se espalhar por meio de contato próximo. Geralmente leve, é fatal em casos raros. Ela causa sintomas semelhantes aos da gripe e lesões no corpo cheias de pus.
A determinação de um surto de doença como uma 'emergência de saúde pública de interesse internacional' ou PHEIC - o nível mais alto de alerta da OMS - pode acelerar pesquisa, financiamento, medidas de saúde pública e cooperação internacionais para conter uma doença.
O surto no Congo começou com a disseminação de uma cepa endêmica, conhecida como clado I. Mas uma nova variante, o clado Ib, parece se disseminar mais facilmente por meio de contato próximo de rotina, inclusive contato sexual. Ela se espalhou do Congo para países vizinhos como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, o que levou à decisão da OMS.
'Está claro que uma resposta internacional coordenada é essencial para deter esses surtos e salvar vidas', disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
No início desta semana, o principal órgão de saúde pública da África declarou uma emergência de mpox no continente após alertar que a infecção viral está se espalhando em um ritmo alarmante.
Mais de 17.000 casos suspeitos de mpox e mais de 500 mortes foram relatados no continente africano até o momento neste ano, um aumento de 160% de casos em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças. No total, 13 países registraram casos.
Uma forma diferente do vírus mpox - o clado IIb - espalhou-se globalmente em 2022, principalmente por meio de contato sexual entre homens que fazem sexo com homens. Isso levou a OMS a declarar uma emergência de saúde pública na época, que foi encerrada 10 meses depois.
(Reportagem de Bhanvi Satija e Puyaan Singh em Bengaluru e Jennifer Rigby em Londres)
Escrito por Reuters
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