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ONG amazônica é criada em memória do repórter britânico Dom Phillips assassinado na floresta

Placeholder - loading - Manifestação no Rio de Janeiro para marcar um ano do assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira 05/06/2023 REUTERS/Pilar Olivares
Manifestação no Rio de Janeiro para marcar um ano do assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira 05/06/2023 REUTERS/Pilar Olivares

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Por Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - Dois anos depois que o jornalista britânico Dom Phillips foi assassinado em uma região remota da Amazônia, uma ONG foi criada em sua memória para promover a proteção da floresta tropical que ele amava e de seu povo, disse a viúva do jornalista.

Phillips, de 57 anos, estava trabalhando em um livro sobre como salvar a Amazônia quando ele e seu parceiro de viagem, o brasileiro Bruno Pereira, foram mortos a tiros por pescadores ilegais perto do Vale do Javari, lar de tribos isoladas na fronteira com o Peru.

'Se as pessoas pudessem ver a beleza e o potencial da Amazônia e a sabedoria de seus povos indígenas, elas naturalmente iriam querer proteger o bioma amazônico', dizia ele após suas viagens à floresta, de acordo com sua viúva Alessandra Sampaio.

'O Instituto Dom Phillips será uma plataforma para transmitir as vozes do povo amazônico ao redor do mundo, para dar-lhes visibilidade e também segurança', afirmou ela no domingo.

Phillips, que escrevia para o jornal britânico The Guardian e também para o Washington Post, estava viajando com Bruno Pereira, especialista em grupos indígenas isolados que estava trabalhando para expor crimes ambientais no Vale do Javari.

Em 5 de junho de 2022, eles foram mortos a tiros em um rio quando deixavam a área. Seus corpos desmembrados foram localizados na floresta depois que um pescador confessou seu envolvimento à polícia.

O Vale do Javari é local do maior número de comunidades indígenas isoladas do mundo, bem como de gangues de contrabando de cocaína e de grupos de caça e pesca ilegais.

A polícia disse que os assassinatos foram planejados por um líder de gangue porque Pereira estava investigando e fotografando a pesca ilegal, causando prejuízos ao grupo criminoso. Quatro pessoas foram acusadas de homicídio e ocultação de cadáveres.

'A investigação está avançando bem. Estou confiante de que a justiça será feita', afirmou Alessandra Sampaio por telefone.

Beto Marubo, líder indígena do Vale do Javari, disse que a ONG dará continuidade ao trabalho de 'um jornalista que fez seu melhor para chamar a atenção para a questão climática, os retrocessos nas políticas ambientais e a destruição da Amazônia'.

Um grupo de jornalistas colaborou para completar o livro inacabado de Phillips, 'How to Save the Amazon: Ask the People Who Know'. O livro destaca o trabalho daqueles que vivem na região e mostra a melhor forma de proteger e regenerar a floresta tropical.

O livro será publicado em abril de 2025 pela Manilla Press, uma marca da editora Bonnier Books.

Escrito por Reuters

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