Senado pode votar dívida dos Estados e compensação da desoneração antes do recesso, diz Pacheco
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(Reuters) -O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira acreditar que será possível aprovar no Senado, antes do recesso parlamentar, os projetos de readequação das dívidas dos Estados e de compensação da desoneração da folha de pagamentos.
Pacheco reconheceu a demora para definir uma solução nos dois casos, mas manifestou otimismo de que as matérias possam ser votadas nos próximos dias na Casa.
'Tanto em relação à dívida dos Estados, quanto em relação ao equacionamento da desoneração da folha de pagamento, nós temos agora uma perspectiva concreta de, antes do recesso, termos a apreciação e a aprovação desses dois temas', disse o presidente do Senado em coletiva.
Pacheco se reuniu mais cedo na residência oficial da Presidência do Senado com o ministro das Relações Instituticionais, Alexandre Padilha; o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP); e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, para debater os temas.
Formalmente, o Congresso funciona até o dia 17 de julho e faz uma pausa para retomar os trabalhos em 1º de agosto, desde que tenha aprovado o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.
Segundo Pacheco, as alternativas colocadas na mesa para solucionar o problema da dívida dos Estados -- como a entrega de ativos para amortização -- contam com a 'concordância' do Ministério da Fazenda, que também teria 'reagido bem' às alternativas apresentadas pelos parlamentares como fontes de compensação para a desoneração da folha de pagamento de setores econômicos e municípios de pequeno porte.
Entre esta terça e a quarta-feira, disse Pacheco, as ideias levantadas para solucionar a dívida dos Estados -- que incluem ainda a redução do indexador da dívida e a possibilidade de conversão dos juros em investimentos estaduais -- serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
'Nós devemos então materializar esse projeto já imediatamente... havendo a concordância do presidente da República', disse o parlamentar.
No caso da desoneração, há um 'encaminhamento muito positivo para a solução definitiva', disse Pacheco, reiterando que a compensação podem vir da repatriação de recursos no exterior, de da atualização de ativos e ainda um programa de equacionamento de multas em agências reguladoras, para 'que empresas possam ter estímulos para pagamento com redução de juros e multas'.
O senador cita a ainda a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares -- a 'taxação da blusinha' -- como uma possível fonte de compensação.
(Reportagem de Maria Carolina MarcelloEdição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)
Escrito por Reuters
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