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Paraguai corteja investidores taiuaneses e futuro ministro alerta contra dependência da China

Placeholder - loading - Futuro ministro da Fazenda do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos 31/07/2017 REUTERS/Jorge Adorno
Futuro ministro da Fazenda do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos 31/07/2017 REUTERS/Jorge Adorno

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Por Daniela Desantis e Lucinda Elliott

ASSUNÇÃO (Reuters) - O Paraguai está buscando mais investimentos taiuaneses para diversificar sua economia agropecuária focada na exportação de matérias-primas para a China, disse o futuro ministro da Fazenda, Carlos Fernández Valdovinos, em entrevista.

O Paraguai segue como a única nação sul-americana com relações diplomáticas formais com Taiwan, que a China reivindica como seu próprio território. Enquanto o Paraguai se prepara para a posse do próximo governo em 15 de agosto, reforça sua amizade de 70 anos com a ilha democrática.

'Somos muito bons na produção de soja e carne, mas devemos diversificar', disse Fernández à Reuters em 28 de julho em seu escritório temporário em Assunção. 'Pedimos a Taiwan que nos ajude com isso, por meio de investimentos de seu setor privado.'

Uma delegação de Taiwan incluindo líderes empresariais viajará ao Paraguai em agosto para a posse do presidente eleito conservador Santiago Peña, acrescentou.

Produtores paraguaios que apoiam a troca de laços com a China para aumentar as exportações agrícolas do país 'não estão vendo os riscos' que Pequim apresenta, disse Fernández.

A China, como compradora de matérias-primas do Paraguai sem valor agregado, “provavelmente é conveniente para alguns setores”, disse Fernández.

'Mas como estratégia para o desenvolvimento econômico e social do Paraguai, não nos convém continuar apostando única e exclusivamente nos principais setores exportadores.'

Os pecuaristas do Paraguai vinham pressionando as autoridades para obter acesso ao lucrativo mercado chinês para sua carne antes da eleição de 30 de abril, que Peña venceu por uma margem considerável.

Grandes frigoríficos dizem que podem conseguir preços melhores em outros lugares, à medida que cresce a demanda por cortes mais especializados e alimentos processados.

“A China baixou os preços dos cortes de carne bovina e vemos o efeito imediato disso além da fronteira, no Brasil e no Uruguai”, disse Jair Antonio de Lima, fundador e presidente do frigorífico paraguaio Concepción, em entrevista.

'Taiwan ainda é um mercado importante para nós, os preços lá são melhores do que na China', disse Lima.

O Paraguai espera concluir este ano um longo processo de certificação para exportar carne bovina para os Estados Unidos, o que também pode abrir caminho para outros mercados atraentes, como Japão e Coreia do Sul, disse Fernández.

(Reportagem de Lucinda Elliott e Daniela Desantis)

Escrito por Reuters

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