Parque Chiribiquete, na Colômbia, receberá US$ 1 milhão por ano durante pelo menos 30 anos
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Por Oliver Griffin
BOGOTÁ (Reuters) - A agência de parques da Colômbia, a Sociedade Zoológica de Frankfurt e o fundo alemão Legacy Landscapes lançaram nesta quinta-feira um mecanismo financeiro para financiar o Parque Nacional Chiribiquete com 1 milhão de dólares por ano durante pelo menos 3 décadas.
Maior parque nacional da Colômbia, o Chiribiquete está incluído na Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO. O fundo pagará pela administração de Chiribiquete e áreas adjacentes, totalizando cerca de 66.708 km², pouco mais que o dobro do tamanho do estado americano de Maryland.
'Os recursos mais valiosos são os recursos contínuos e os recursos que fortalecem a presença do Estado', disse a Ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, descrevendo o fundo como um marco na cooperação internacional na Colômbia.
Embora o fundo funcione por um período inicial de 30 anos, a esperança é que ele exista 'perpetuamente', disseram os organizadores durante evento no palácio presidencial Casa de Nariño, que também contou com a presença do presidente colombiano Gustavo Petro.
Chiribiquete é a joia da região amazônica da Colômbia, espalhando-se por duas das províncias do país andino e abrigando uma infinidade de espécies de plantas e animais, de acordo com a agência de parques nacionais.
Mas assim como em muitos outros ecossistemas na América do Sul, o parque enfrenta a ameaça invasora do desmatamento, fenômeno que destrói milhares de quilômetros quadrados de floresta todos os anos.
Em 2022, a Colômbia perdeu 1.235 km² de floresta, grande parte na região amazônica do país, disse o Ministério do Meio Ambiente.
O novo fundo ajudará a monitorar a área protegida e a obter informações sobre a saúde do parque, disseram os organizadores, acrescentando que o dinheiro também ajudará a restaurar áreas degradadas da floresta e a fortalecer a governança.
'É um dia para comemorar', disse Esperanza Leal Gomez, diretora da Sociedade Zoológica de Frankfurt na Colômbia. 'É para sempre e esperamos que nunca se esgote.'
(Reportagem de Oliver Griffin em Bogotá)
Escrito por Reuters
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