Partidos italianos definem programa para formar novo governo; 5 Estrelas faz votação online
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Por Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - O Movimento 5 Estrelas, legenda antiestablishment da Itália, e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, divulgaram nesta terça-feira um programa político compartilhado para um eventual governo de coalizão, colocando um orçamento expansionista para 2020 no topo da agenda.
O 5 Estrelas, criado há uma década para fazer oposição ao PD, concordou em formar um novo governo com seus ex-adversários para evitar uma eleição antecipada depois que sua coalizão anterior com a Liga, de extrema-direita, entrou em colapso no mês passado.
Os apoiadores do 5 Estrelas estão realizando uma votação online sobre a possibilidade de apoiar a coalizão proposta, e os resultados devem ser divulgados durante esta tarde. Logo após o início da votação, os partidos publicaram um programa de 26 pontos que sustentaria o governo planejado.
'Este é um momento muito delicado para o país. Deve ser enfrentado com foco nos interesses e necessidades dos cidadãos, da comunidade que todos formamos', disse o 5 Estrelas em publicação em um blog na terça-feira, pedindo aos seus apoiadores que aprovem o acordo.
O rendimento dos títulos de referência italianos de 10 anos atingiu mínimas recordes nesta terça-feira, em um sinal de que os investidores acreditam que o novo governo tomará posse, evitando o risco de eleições antecipadas e prolongada instabilidade política.
No topo da agenda política da coalizão 5 Estrelas e PD está um compromisso de usar o próximo orçamento para ajudar o crescimento da economia paralisada, mas também uma promessa de que não colocarão em risco as finanças públicas.
O novo governo deve ser liderado pelo atual primeiro-ministro, Giuseppe Conte, que chegou ao poder no ano passado à frente da coalizão anterior entre 5 Estrelas e Liga, mas que não é membro de nenhum partido. Ele deve realizar uma nova rodada de reuniões com o 5 Estrelas e PD ainda nesta terça-feira.
(Reportagem adicional de Angelo Amante e Giuseppe Fonte)
Escrito por Reuters
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