Passageiros são autorizados a desembarcar de cruzeiro em isolamento no Recife
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Por Débora Moreira
(Reuters) - Passageiros a bordo de um cruzeiro atracado no Porto do Recife foram autorizados a desembarcar a partir desta sexta-feira, após mais de uma semana de isolamento devido a um caso do novo coronavírus no navio, informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A retirada das 605 pessoas do navio Silver Shadow, entre passageiros e tripulantes, vai ocorrer em cinco grupos, organizados conforme suas nacionalidades e os respectivos voos de retorno para seus países de origem.
“Os primeiros grupos a desembarcar serão dos passageiros com destino a Austrália, Londres e Europa”, disse a agência em comunicado, indicando que a operação deve ser concluída até domingo.
O deslocamento será realizado em voos providenciados pela Royal Caribbean, empresa controladora da Silversea Cruise, responsável pelo navio de bandeira de Bahamas atracado no Recife.
Entre as pessoas a bordo do cruzeiro, estão três brasileiros e dois uruguaios, que serão transportados em voo charter, também fretado pela operadora. No total, as 605 pessoas que estão no navio são de 18 nacionalidades.
A embarcação está em isolamento desde a quinta-feira da semana passada, quando um canadense de 78 anos apresentou febre, tosse e dificuldade de respirar, enquadrando-se como caso suspeito de Covid-19. O passageiro foi encaminhado para um hospital particular na capital pernambucana e posteriormente testou positivo para o vírus.
Outro caso suspeito foi descartado e, segundo a Anvisa, não houve novas ocorrências durante o período de isolamento.
“A Anvisa está realizando inspeção a bordo para verificar todas as condições de saúde dos passageiros antes do desembarque”, informou a agência, acrescentando que órgãos de saúde e segurança pública locais e federais foram mobilizados de forma conjunta para a operação, de modo a também manter a segurança dos moradores do Recife e da comunidade no entorno.
O novo coronavírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan em novembro de 2019, já matou cerca de 8 mil pessoas ao redor do mundo. Até quinta-feira, o Brasil havia registrado ao menos 621 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde, e sete mortes.
Escrito por Reuters
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