Pesquisa mostra que Partido Trabalhista britânico precisaria de recorde de votos para conquistar maioria
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LONDRES (Reuters) - O Partido Trabalhista britânico, de oposição, precisaria de uma mudança recorde de votos para obter a maioria no Parlamento na próxima eleição nacional, de acordo com uma análise publicada nesta terça-feira, que analisou o novo mapa eleitoral do país.
A pesquisa, compilada pelos acadêmicos Colin Rallings e Michael Thrasher e publicada pelos veículos de notícias ITV, Sky, BBC e PA, analisou quais teriam sido os resultados da eleição nacional de 2019 se ela tivesse sido disputada em novos limites de circunscrições eleitorais para indicar melhor a oscilação necessária para os trabalhistas.
A próxima eleição, prevista para o final deste ano, será a primeira realizada com os novos limites, depois que eles foram redesenhados para levar em conta as mudanças populacionais e tentar equilibrar o número de eleitores em cada área.
A pesquisa constatou que os trabalhistas precisariam de uma mudança de 12,7 pontos percentuais em relação aos conservadores no poder para obter uma maioria geral na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento.
Isso é maior do que a diferença de 10,2 pontos percentuais que o ex-primeiro-ministro Tony Blair obteve quando levou os trabalhistas ao poder em 1997 e mais do que o dobro da diferença obtida em qualquer outra eleição desde 1945.
A mudança dos conservadores para os trabalhistas precisaria ser uniforme, sem nenhuma mudança no desempenho dos outros partidos desde 2019, segundo a pesquisa.
Pesquisas de opinião recentes mostraram repetidamente que os conservadores estão atrás dos trabalhistas. Uma pesquisa da YouGov em novembro colocou o partido do primeiro-ministro Rishi Sunak atrás por 19 pontos percentuais.
Uma pesquisa da YouGov com 14.000 pessoas, publicada pelo jornal Telegraph na segunda-feira, previu que os trabalhistas estariam a caminho de conquistar 385 cadeiras no Parlamento, enquanto os conservadores manteriam apenas 169, perdendo mais cadeiras do que em 1997.
Isso representaria uma mudança de 11,5% para os trabalhistas, o maior colapso no apoio a um partido governista desde 1906, segundo o jornal.
(Reportagem de Kylie MacLellan)
Escrito por Reuters
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