Petro exorta Congresso colombiano a aprovar reformas enquanto alguns tentam arquivar projeto de saúde

BOGOTÁ (Reuters) - O Congresso da Colômbia deveria aprovar as reformas da saúde, trabalhista e previdenciária, disse o presidente Gustavo Petro nesta quarta-feira, enquanto a Câmara dos Deputados do país pondera se arquivará o projeto de lei de saúde, o que seria uma grande derrota legislativa para o líder de esquerda que fez campanha prometendo aprimorar o combalido sistema sanitário do país.

'Pedimos, com todo o respeito... que aprovem as reformas, que garantam ao povo colombiano seus direitos', disse Petro a milhares de sindicalistas e outros simpatizantes reunidos no centro de Bogotá.

A proposta de reforma de saúde, que o governo diz que aumentaria o acesso ao serviço, elevaria os salários e combateria a corrupção, causou a maior ruptura até agora na coalizão originalmente ampla do Petro no Congresso, levando a uma remodelação do gabinete em abril.

Os esforços para arquivar o projeto de lei ocorrem depois que a Câmara dos Deputados disse que interromperia o debate sobre as reformas em meio a acusações de irregularidades no financiamento de campanha, que Petro negou veementemente.

As acusações são baseadas em áudios enviados pelo ex-embaixador Armando Benedetti à ex-chefe de gabinete do Petro, Laura Sarabia, nos quais Benedetti faz uma suposta referência a fundos ilícitos de campanha. Benedetti disse que o áudio foi manipulado.

Ele e Sarabia, que renunciaram devido a um escândalo separado, mas interligado, vão testemunhar perante a autoridade eleitoral na próxima semana.

O governo pode adiar as reformas para a próxima sessão legislativa, que começa em 20 de julho.

(Reportagem de Julia Symmes Cobb)