Petrobras fará parada programada na refinaria mineira Regap, dizem fontes
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Por Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras fará uma parada programada de manutenção na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, com capacidade para processar 150.000 barris de petróleo por dia, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do assunto.
A unidade tem dois trens (unidades) de refino e cada um deles deverá parar por cerca de um mês, sendo que uma das paradas poderá ter início a partir da próxima semana e outra poderá ocorrer em outubro, detalhou uma das fontes.
Os principais produtos da Regap são gasolina A, diesel, combustível marítimo (bunker), querosene de aviação (QAV), gás liquefeito de petróleo (GLP), asfaltos, coque verde de petróleo e óleo combustível. A Regap atende com seus produtos grande parte do mercado mineiro e, eventualmente, o mercado do Espírito Santo.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
As paradas de manutenção são realizadas periodicamente, cumprindo normas regulatórias. Normalmente, a petroleira se prepara com planejamento de estoques e abastecimento, para que não haja falta do produto.
A paralisação em questão, entretanto, ocorre em momento em que a Petrobras tem buscado elevar o fator de utilização de refinarias para reduzir a dependência externa do diesel, diante de uma disparada dos preços internacionais do petróleo e seus derivados, em busca de evitar volatilidades e alta de preços.
Agentes do mercado brasileiro têm apontado também alguma restrição na oferta de diesel, já que a companhia está com preços mais baixos do que os praticados no exterior, desestimulando as importações do produto por terceiros.
'Com ambiente de restrição, com elevação de preços, com a estatal pressionada para fazer novo reajuste, e ainda mais uma parada que naturalmente pode gerar impacto na oferta de produto em um mercado como Minas Gerais isso causa uma preocupação muito grande', disse o sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo.
Escrito por Reuters
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