Policial de Washington é acusado de ajudar líder do grupo de extrema-direita Proud Boys
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WASHINGTON (Reuters) - O chefe de uma unidade de inteligência do Departamento de Polícia de Washington enfrenta acusações criminais após supostamente alertar o líder do grupo extremista de extrema-direita Proud Boys sobre um mandado de prisão e pelo vazamento de outras informações ligadas à Justiça, mostrou um documento de acusação na sexta-feira.
O tenente Shane Lamond ofereceu ao líder do Proud Boys, Enrique Tarrio, informações confidenciais sobre uma investigação sobre a queima em 2020 de um banner do 'Black Lives Matter' roubado de uma igreja na capital norte-americana, e depois contou que ele enfrentaria prisão por causa da questão, afirmou o Departamento de Justiça dos EUA.
Lamond, que supervisionava o Departamento de Inteligência do Gabinete de Segurança Doméstica da Polícia de Washington, também fez declarações falsas e enganosas a agentes federais sobre suas comunicações com Tarrio, disse o Departamento de Justiça.
Um grande júri federal indiciou Lamond, que foi preso na sexta-feira, em uma acusação de obstrução da Justiça e três acusações de fazer declarações falsas. Ele enfrenta uma pena máxima de 30 anos na prisão.
O Departamento de Polícia disse que Lamond, que trabalhou na polícia por 24 anos, foi colocado em licença administrativa em fevereiro de 2022 por causa da investigação.
Um advogado de Lamond não respondeu imediatamente a um pedido para comentário.
De acordo com a acusação, Lamond e Tarrio estavam em contato regularmente desde 2019. Os promotores divulgaram comunicações entre os dois, incluindo uma troca de mensagens de texto após a eleição presidencial de 2020, na qual o democrata Joe Biden derrotou então presidente Donald Trump, do Partido Republicano.
(Por Susan Heavey)
Escrito por Reuters
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