Prefeitura do Rio publica decreto que autoriza funcionamento de igrejas na pandemia
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A prefeitura do Rio de Janeiro publicou decreto nesta segunda-feira que autoriza o funcionamento das igrejas na cidade, considerando-as essenciais para a população durante a pandemia de Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, disse o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
Durante a pandemia, houve casos, de acordo com a prefeitura, de polícias e guardas municipais proibindo cultos por conta da quarentena imposta para conter a disseminação do vírus.
O decreto municipal é abrangente para todas as crenças. Até então, a recomendação da prefeitura era que os cultos não podiam ter aglomeração, mantivessem a distância de ao menos dois metros entre as pessoas, que os fiéis usassem máscara e tivessem acesso a produtos de higiene.
'Nosso decreto estabelece que as igrejas são atividades essenciais e devem continuar funcionando e é importante para a população guardando os princípios', disse Crivella a jornalistas.
O prefeito esclareceu que idosos e pessoas com comorbidades não devem comparecer presencialmente aos templos e devem dar preferência a cultos remotos por TV, rádio e internet. 'Queremos evitar constrangimentos nas igrejas e qualquer culto', disse Crivella.
O prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, esteve na semana passada em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro, que também defende o funcionamento das igrejas durante a pandemia.
Crivella disse ainda que a prefeitura vai divulgar as mortes por Covid-19 na cidade com base nos enterros nos cemitérios.
Segundo a prefeitura, a medida visa dar mais transparência aos dados, visto que, em um único dia, eles podem reunir estatisticamente um grande número de óbitos, mas as mortes, dada a demora no resultado dos exames, podem ter ocorrido na verdade semanas atrás.
Crivella vai manter nos próximos dias as medidas de restrição, mas já fala num plano de saída da quarentena em breve.
'Nós dominamos a pandemia, não entramos no caos. Havia preocupação de explosão de casos e não teríamos condições de atender, mas isso não aconteceu... controlamos a pandemia e não fomos para o caos', disse Crivella ao lembrar que a taxa de ocupação na rede municipal de saúde está na casa de 70% e há a perspectiva de abertura de novos leitos nesta semana.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
Escrito por Reuters
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