Premiê britânico diz em inquérito que 'debate vigoroso' durante a pandemia foi positivo
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Por Sarah Young e Kate Holton
LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, defendeu nesta segunda-feira a forma como o país lidou com a pandemia da Covid-19, dizendo a um inquérito oficial que não reconhecia a descrição de um governo disfuncional que saltava de uma ideia para outra.
O inquérito está examinando a resposta do Reino Unido à pandemia que matou mais de 230.000 pessoas no país. A investigação ouviu depoimentos de que o governo do então primeiro-ministro, Boris Johnson, foi dominado por lutas internas e incompetência, e não conseguia tomar decisões.
Sunak era um político relativamente desconhecido quando foi promovido a ministro das Finanças às vésperas da pandemia, parecendo estar seguro ao estabelecer centenas de bilhões de libras de apoio para manter as empresas e os meios de subsistência ativos.
Ele disse ao inquérito nesta segunda-feira que deseja dizer o quanto 'lamentava profundamente' por aqueles que perderam entes queridos e que estava lá com o espírito de querer aprender como o governo poderia fazer melhor em qualquer pandemia futura.
Mas ele fez eco a Johnson ao dizer que o fato de que 'os debates se acirraram' não era necessariamente algo ruim.
'É certo que houve um debate vigoroso porque essas foram decisões incrivelmente consequentes para dezenas de milhões de pessoas em todas as esferas, seja na saúde, na educação, na economia, na sociedade ou no impacto de longo prazo.'
'Foram decisões incrivelmente grandes, do tipo que nenhum primeiro-ministro tomou em décadas, se é que já tomou.'
Sunak, que se tornou primeiro-ministro depois que Johnson e sua sucessora Liz Truss foram forçados a deixar o cargo, provavelmente enfrentará perguntas sobre se seu foco na proteção da economia prejudicou a saúde pública.
Um ex-assessor do governo disse à investigação que Sunak havia afirmado que eles deveriam 'simplesmente deixar as pessoas morrerem', pois as políticas para conter o vírus levaram a uma contração de 10% na produção econômica em 2020.
Escrito por Reuters
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