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Presidente afastado da Coreia do Sul é preso e interrogado em investigação sobre insurreição

Placeholder - loading - Presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, chega ao Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão em Gwacheon, na Coreia do Sul 15/01/2025 KOREA POOL/Pool via REU
Presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, chega ao Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão em Gwacheon, na Coreia do Sul 15/01/2025 KOREA POOL/Pool via REU
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Por Hyunsu Yim e Ju-min Park

SEUL (Reuters) - O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso e interrogado por horas por investigadores nesta quarta-feira no âmbito de uma investigação criminal sobre insurreição, encerrando semanas de impasse com as autoridades.

A prisão de Yoon, a primeira de um presidente sul-coreano no cargo, é o desdobramento mais recente em uma das democracias mais vibrantes da Ásia, embora o país tenha um histórico de investigar e prender ex-líderes.

Desde que os parlamentares votaram pelo impeachment e pela destituição de Yoon do cargo após a breve declaração de lei marcial em 3 de dezembro, Yoon estava escondido em sua residência oficial, protegido por um pequeno exército da segurança presidencial que bloqueou uma tentativa de prisão anterior.

Nesta quarta-feira ele concordou em se entregar para ser interrogado depois que mais de 3.000 policiais determinados a prendê-lo marcharam até sua residência na madrugada desta quarta-feira.

'Decidi responder à investigação do CIO -- apesar de ser uma investigação ilegal -- para evitar um derramamento de sangue desagradável', disse Yoon em um comunicado, referindo-se ao Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO), que está liderando a investigação criminal.

Um promotor acompanhou Yoon em seu carro desde a residência oficial da Presidência, localizada na área de luxo conhecida como Beverly Hills de Seul, até os austeros escritórios do CIO, onde ele entrou por uma entrada nos fundos, evitando a mídia.

Enquanto Yoon era interrogado, um homem na casa dos 60 anos de idade não identificado ateou fogo a si mesmo nos arredores da sede do CIO, disse o Corpo de Bombeiros. O homem sofreu queimaduras graves e estava inconsciente.

As autoridades agora têm 48 horas para interrogar Yoon e, depois disso, devem buscar um mandado para detê-lo por até 20 dias ou libertá-lo.

No entanto, Yoon está se recusando a falar e não concordou em ter os interrogatórios com os investigadores gravadas em vídeo, disse um funcionário do CIO. O CIO disse que não tinha informações sobre o motivo pelo qual Yoon estava se recusando a falar.

O comboio presidencial foi visto deixando os escritórios do CIO no final da noite de quarta-feira (horário local), e Yoon deve ser mantido preso no Centro de Detenção de Seul onde outras figuras de destaque, incluindo a ex-presidente Park Geun-hye e o presidente da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, também passaram algum tempo.

Os advogados de Yoon disseram que o mandado de prisão é ilegal porque foi emitido por um tribunal na jurisdição errada e a equipe criada para investigá-lo não tem mandato legal para fazê-lo. Um mandado de busca de Yoon em sua residência, cuja cópia foi vista pela Reuters, referia-se a Yoon como 'líder da insurreição'.

Escrito por Reuters

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