Presidente colombiano diz que Espanha estudará retirar ELN da lista de terrorismo da UE
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MADRI (Reuters) - O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse nesta quinta-feira que a Espanha estudará a remoção do grupo guerrilheiro colombiano de esquerda conhecido como Exército de Libertação Nacional (ELN) da lista de organizações terroristas pela União Europeia durante a presidência espanhola do Conselho da UE.
Em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em Madri, Petro disse que a Espanha 'estudará a possibilidade' de remover o ELN da lista para avançar em direção a uma trégua ou cessar-fogo no conflito de seis décadas da Colômbia com rebeldes e quadrilhas criminosas.
Sánchez, no entanto, não se comprometeu totalmente com a medida.
'Dependendo do andamento desse processo de negociação e diálogo, estamos à disposição do presidente e do governo colombiano para dialogar com os demais parceiros europeus e implementar efetivamente suas solicitações', afirmou Sánchez.
'É muito cedo para dizer qual será a posição da Espanha porque estará muito condicionada pelo que o governo colombiano nos disser', acrescentou.
A lista estabelece sanções para os grupos nela incluídos.
O ELN é o grupo rebelde remanescente mais antigo da Colômbia, e as negociações são o foco dos esforços de Petro para levar 'paz total' à Colômbia.
Ele retomou as negociações de paz com o ELN no ano passado, mas essas negociações foram interrompidas em março, depois que o ELN matou nove soldados colombianos perto da fronteira com a Venezuela. As conversas recomeçaram em Havana na terça-feira.
(Reportagem de Belén Carreño e Emma Pinedo)
Escrito por Reuters
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