Presidente da Argentina busca 'segunda chance' para projeto de reforma reduzida no Congresso
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BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina distribuiu aos parlamentares e governadores uma versão reduzida e modificada de seu projeto de reforma abrangente em busca de uma 'segunda chance' de aprovar um projeto que foi rejeitado no Senado no início deste ano.
O projeto de lei -- que abrange desde planos de privatização de empresas estatais até medidas para permitir reduções nos subsídios estatais -- é um pilar fundamental do plano econômico do novo presidente libertário Javier Milei, que busca formas de resolver uma grave crise econômica, com inflação acima de 275% e reservas do banco central próximas de zero.
O economista, que venceu de forma surpreendente as eleições do ano passado e tem apenas uma minoria no Congresso, foi forçado a ceder em suas posições a possíveis aliados políticos depois que o projeto de lei foi rejeitado em fevereiro.
'Hoje nos encontramos diante de uma segunda oportunidade', disse o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, aos repórteres.
Segundo ele, o governo estava confiante em obter apoio. 'Estamos enfrentando um momento crucial em nossa história.'
Espera-se que o projeto de lei retorne na próxima semana ao Congresso para discussão antes de enfrentar uma nova rodada de votações.
O governo Milei terá que adotar uma abordagem mais conciliatória para levar adiante suas reformas, já que o bloco de oposição peronista ainda detém o maior número de cadeiras no Congresso.
O governo suprimiu uma seção fiscal fundamental do projeto de lei original -- parte da promessa de Milei de um déficit 'zero' este ano -- e diluiu algumas reformas. O governo pretende adotar as medidas fiscais separadamente.
'Somos um governo que dialoga, ouve e está aberto a propostas', disse uma autoridade do governo que pediu para não ser identificada, acrescentando que o projeto de lei está '99,9% finalizado'. 'Nós dialogamos com aqueles que querem dialogar.'
(Reportagem de Adam Jourdan)
Escrito por Reuters
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