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Presidente da Moldávia critica interferência em referendo após maioria estreita apoiar adesão à UE

Placeholder - loading - Presidente da Moldávia e candidata à reeleição, Maia Sandu, vota em eleição presidencial do páis e em referendo sobre adesão à UE, em Chisinau 20/10/2024 REUTERS/Vladislav Culiomza
Presidente da Moldávia e candidata à reeleição, Maia Sandu, vota em eleição presidencial do páis e em referendo sobre adesão à UE, em Chisinau 20/10/2024 REUTERS/Vladislav Culiomza

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Por Tom Balmforth e Alexander Tanas

CHISINAU (Reuters) - Uma pequena maioria de 50,39% votou 'sim' no referendo decisivo da Moldávia sobre a adesão à União Europeia, segundo os resultados preliminares, depois que a presidente do país, Maia Sandu, disse que a votação de domingo foi prejudicada por uma interferência externa 'sem precedentes'.

O resultado apertado -- com menos de 1% das cédulas ainda a serem contadas -- está longe de ser um endosso retumbante do caminho pró-UE que Sandu tem seguido ao longo de quatro anos no comando da pequena ex-República soviética, que se encontra entre a Rússia e o Ocidente.

Sandu obteve 42% dos votos em uma eleição presidencial realizada simultaneamente ao referendo, enquanto seu principal rival, o ex-procurador-geral Alexandr Stoianoglo, obteve 26%, um resultado mais forte do que as pesquisas haviam previsto.

O resultado prepara o cenário para um segundo turno muito disputado entre os dois em 3 de novembro. Stoianoglo disse que, se eleito, construiria uma política externa 'equilibrada', envolvendo laços com a UE, os Estados Unidos, a Rússia e a China.

As votações simultâneas de domingo, que ocorreram após persistentes alegações de interferência nas eleições, foram vistas como um teste para as aspirações da nação do sudeste europeu de aderir à UE até 2030 e escapar definitivamente do raio de influência de Moscou.

O futuro da Moldávia tem sido o centro das atenções desde a invasão russa da vizinha Ucrânia, a leste. A Rússia mantém um pequeno contingente de tropas estacionadas como forças de paz na região separatista da Moldávia, a Transdniestria.

No período que antecedeu o referendo de domingo, as pesquisas mostraram uma clara maioria de apoio à adesão à UE. Um resultado 'sim' significa que uma cláusula será adicionada à Constituição do país definindo a adesão à UE como uma meta.

Nas primeiras horas de segunda-feira, Sandu disse aos moldavos que havia 'provas claras' de que grupos criminosos trabalhando em conjunto com 'forças estrangeiras hostis aos nossos interesses nacionais' haviam tentado comprar 300 mil votos.

Ela disse que isso representava uma 'fraude de escala sem precedentes' e que a Moldávia 'responderia com decisões firmes'.

'Grupos criminosos... atacaram nosso país com dezenas de milhões de euros, mentiras e propaganda, usando os meios mais vergonhosos para manter nossos cidadãos e nossa nação presos na incerteza e na instabilidade', disse ela.

O Kremlin denunciou a votação na Moldávia como 'não livres', lançando dúvidas sobre o que disse ser um aumento 'difícil de explicar' nos votos a favor de Sandu e da UE, e desafiando a líder moldava a 'apresentar provas' de interferência.

A UE saiu em defesa de Sandu, dizendo que a Moldávia havia enfrentado 'intimidação e interferência estrangeira realmente sem precedentes por parte da Rússia e de seus representantes antes dessa votação'.

POSIÇÃO MAIS FRACA

O resultado apertado do referendo pode colocar Sandu em uma posição mais fraca para o segundo turno, já que ela defendeu a integração à UE.

A Moldávia iniciou o longo processo de negociações formais de adesão em junho e, sob o comando de Sandu, tem como objetivo aderir até 2030. Os laços com Moscou se deterioraram quando Sandu condenou a invasão da Ucrânia pelo Kremlin e diversificou o fornecimento de energia para longe da Rússia.

Stoianoglo boicotou o referendo de domingo, chamando-o de um estratagema para aumentar o número de votos de Sandu na eleição.

No período que antecedeu a votação, as autoridades fizeram repetidas declarações alegando tentativas apoiadas pela Rússia de interferir na votação por parte do magnata fugitivo Ilan Shor, que vive na Rússia.

A Rússia, que acusa o governo de Sandu de 'russofobia', nega ter interferido, enquanto Shor nega ter cometido qualquer delito.

A polícia acusou Shor, que foi condenado à prisão à revelia por fraude e participação no roubo de 1 bilhão de dólares, de tentar pagar uma rede de pelo menos 130.000 eleitores para que votassem 'não' e apoiassem 'nosso candidato' na eleição.

Shor se ofereceu abertamente nas mídias sociais para pagar aos moldavos para que convencessem outros a votar de uma determinada maneira e disse que esse era um uso legítimo de seu dinheiro.

Nas primeiras horas da manhã, ele declarou que os moldavos haviam votado contra o referendo, dizendo a Sandu: 'Hoje eu a parabenizo, você perdeu a batalha'

O analista político Valeriu Pasha disse que o voto no 'sim' -- inicialmente atrás durante a contagem dos votos -- só havia ficado à frente devido ao comparecimento excepcionalmente alto dos moldavos que vivem no exterior, que em sua maioria apoiam a integração à UE.

'Com essas eleições, nas quais dezenas de (pontos percentuais) podem ser comprados, será muito difícil para nós seguirmos em frente. Mas precisamos aprender lições e aprender a combater esse fenômeno', escreveu ele no Facebook.

(Reportagem de Tom Balmforth e Alexander Tanas, em Chisinau; Reportagem adicional de Lidia Kelly, em Melbourne)

Escrito por Reuters

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