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Pressionado pela Bélgica sobre abuso sexual, papa diz que Igreja está agindo com firmeza

Placeholder - loading - Papa Francisco em visita à Bélgica  27/9/2024   REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Papa Francisco em visita à Bélgica 27/9/2024 REUTERS/Guglielmo Mangiapane

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Por Joshua McElwee e Marine Strauss

BRUXELAS (Reuters) - O papa Francisco foi pressionado pelo rei e pelo primeiro-ministro da Bélgica, nesta sexta-feira, para que tome medidas mais concretas para lidar com o abuso sexual por parte do clero católico, uma questão que mais uma vez está sob os holofotes durante sua visita.

Tanto o rei Philippe quanto o primeiro-ministro Alexander De Croo levantaram a questão em público em uma linguagem excepcionalmente vigorosa para uma viagem papal ao exterior, sempre um evento cuidadosamente coreografado.

Philippe disse a Francisco, em um discurso de boas-vindas à Bélgica, que a Igreja havia levado 'tempo demais' para tratar dos escândalos. De Croo afirmou que há 'um longo caminho a percorrer' e que 'apenas palavras não são suficientes'.

'Medidas concretas também precisam ser tomadas', disse o premiê.

A viagem de fim de semana de Francisco à Bélgica deveria se concentrar no 600º aniversário de duas universidades católicas. Mas uma série de documentários de televisão e uma investigação parlamentar trouxeram à tona o histórico de abuso sexual clerical.

Mais de 700 reclamações e denúncias de abuso foram feitas na Bélgica desde 2012, de acordo com um relatório da Igreja.

Na reunião de sexta-feira com políticos no castelo real de Laeken, em Bruxelas, Francisco procurou dar garantias de que a Igreja Católica global está lidando com a questão.

O pontífice de 87 anos não citou casos específicos de abuso na Bélgica, mas disse que o comportamento do clero católico forneceu 'contra-testemunhos dolorosos' aos ensinamentos da Igreja.

'Refiro-me aos trágicos casos de abuso infantil, que é um flagelo que a igreja está enfrentando com firmeza e determinação (...) implementando um programa de prevenção em todo o mundo', afirmou o papa.

Em um acréscimo às suas falas preparadas, ele disse que a Igreja precisa 'se envergonhar e pedir perdão' pelo abuso de menores, que ele chamou de crime.

Escrito por Reuters

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